quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
E SE ELE FOSSE UM MENINO POSSÍVEL?
Em São Paulo, no dia 3 de janeiro de 2009, um garoto de 12 anos foi detido por estar com um Verona furtado. Os jornais anunciaram que aquela correspondia à décima detenção da criança pela prática de furto. No ano passado foram registradas notícias que dão conta das ações do mesmo menino bem como das dificuldades que a família tem tido para contê-lo. Já no presente ano foram ventiladas informações relativas ao interesse de integrantes do crime organizado em cooptar o garoto.
A situação se revela intrigante, especialmente em virtude da idade do autor das infrações, dando-se a impressão de que se trata de um indivíduo pouco sensível às medidas de correção ou de mudança de rumo. Um tal quadro pode servir como exemplo para animar a vontade daqueles que discordam das garantias oferecidas pela legislação relativas à tutela das crianças e dos adolescentes. As reincidências verificadas dão ao caso uma espécie de confirmação da idéia de que há indivíduos indomáveis, incivilizáveis desde a mais tenra infância. Há, portanto, um destino contra o qual não se deve lutar ou desperdiçar recursos públicos ou privados. Assim, é preciso e conveniente “deixar pra lá”, abandonar à sorte das penitenciárias e dos remédios previstos para a população adulta.
A resistência do menino em continuar na prática de furto de automóveis vai adquirindo um caráter funcional às posições de pessoas ou de grupos que são contrários à proteção diferenciada desse grupo etário. A cada nova infração atribuída ao garoto ele é multiplicado pela totalidade de todos os (im)possíveis menores de idade pois em cada um pode habitar o mesmo “instinto indomável”. Mas essa conta tem um componente implícito (e natural) de subtração; nela não estão previstos os filhos da ordem estabelecida, mesmo quando eles “roubam”, reincidente-mente, o carro do papai para fazerem frente aos desafios das noites, a exemplo dos pegas, realizados nas vias públicas das cidades grandes, médias e pequenas do nosso País. Também não é objeto da mesma indignação o uso, cada vez mais abusado, dos recursos à compra dos trabalhos escolares a fim de se responder, “adequadamente”, às solicitações disciplinares.
Uma tal distinção quanto à apreciação da vida de crianças e adolescentes sugere uma estranha classificação: menores possíveis e menores impossíveis. Aos primeiros, toca a eqüiprobabilidade a partir das inúmeras opções que se tornam disponíveis aos infantes e adolescentes, podendo-se experimentar de tudo um pouco como regra necessária à descoberta do mundo e à tomada da vida. Para os menores impossíveis, o próprio estado de menor idade é tomado como uma espécie de defeito que deve ser atenuado por uma maioridade precoce, através do ajuste comportamental em relação às parcas probabilidades.
A direção do carro, verdadeiro troféu para os imberbes dos nossos dias, dispõe de uma carga simbólica capaz de balizar os dois tipos de sujeitos aqui sugeridos. Para uns é uma questão de tempo e as chaves cairão em suas mãos a lhes dizer que eles já são muito mais que desejantes do mundo do consumo, já integram a condição de participantes efetivos desse campo, sem falar das outras demandas simbólicas, em especial aquela relativa ao domínio da liberdade, que são, imaginaria-mente, satisfeitas através dessa forma de posse. Já para os menores impossíveis é vislumbrado como aberração o acesso ao automóvel sob forma de posse e, portanto, tomado como pernicioso o delírio de poder marcar um tempo novo através de um equipamento monumental como um carro.
Independente da idade dos indivíduos convém recordar que essa estranha divergência entre a trajetória dos sujeitos, amplamente alimentada pela ideologia do consumo, tem efeitos sobre a totalidade dos agentes incluídos e excluídos. E um desses efeitos se refere a um sorrateiro e implacável senso de pertencimento ou não à ordem que tem, cada vez mais, realizado a distinção entre os de dentro e os de fora através da linguagem plena de possibilidades, por um lado, e de censuras e barreiras, por outro.
Talvez valha a pena refletirmos sobre as distinções aqui insinuadas diante de um menino que tem mania de furtar automóveis e, como ocorre, ás vezes, com a máquina, não responde aos freios. Cabe um exercício fantasioso: e se esse garoto estivesse do outro lado do muro? Se ele fosse um menino possível?
FUNDAÇÃO JAQUEIRA RECEBE APOIO DA REDE BAHIA.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Bahia: inscreva-se no curso para cuidador de idosos da FUNDAÇÃO JAQUEIRA
Fundação Maria Lúcia Jaqueira de Mattos
Utilidade pública Estadual - Lei 11 032 de 30/04/2008
Diário oficial 01/05/2008
fundacaojaqueira@yahoo.com.br
Unidade da Vitória, Salvador, Bahia.
Curso Cuidador de Idosos
* PROGRAMA DO CURSO *
* Introdução
Apresentação do Curso e sua Importância
O Envelhecimento Populacional
Fisiologia do Envelhecimento
*Observatório
Estatuto do Idoso
O Envelhecimento Social
A Família do Idoso
A Violência contra o Idoso
A Aposentadoria
As Modalidades de Atenção ao Idoso
* Psicologia do Idoso
A Sexualidade na Terceira Idade
Depressão
Infecção por HIV em Idosos
O Idoso em Fase Terminal
Cuidados Paliativos
A Morte
* Gerontologia I
Atividades de Vida Diária
Adaptações para Ajudar o Idoso
Memória
Demências
Lidando com Distúrbios de Comportamento
Lazer e Ocupação do Tempo Livre
* Enfermagem
Objetivos Gerais da Enfermagem ao Cuidar dos Pacientes Idosos
Alterações na Pele
Cuidados Gerais com a Higiene, Vestuário, Ambiente
Ulcerar de Pressão ou Escaras
Sinais de Alerta
Emergências no Domicílio
Uso de Medicamentos
* Gerontologia 2
Afecções Pulmonares
Acidente Vascular Cerebral - AVC
Atividade Física na Terceira Idade
Doença de Parkinson
Osteoporose
Posicionamento Terapêutico e Transferências
Incontinência Urinária
Quedas
Síndrome da Imobilização
Fraturas de Quadril
*Encerramento com avaliação.
• CARGA HORÁRIA: 20 horas
• PERÍODO: Uma semana, de segunda a sexta.
• HORÁRIO MATUTINO: 08 às 12 h
• DOCUMENTOS: RG E CPF
• VALOR: R$ 25,00 MAIS 2 KG DE ALIMENTOS
• Neste valor incluímos apostila, certificado.
Os alimentos serão destinados ao Programa de Atendimento a Idosos - PAI
da Fundação Maria Lúcia Jaqueira de Mattos e para as obras sociais
da Paróquia da Vitória.
INSCREVA-SE JÁ!
Secretaria da Igreja da Vitória, Largo da Vitória, Paróquia da Vitória.
LOCAL DO CURSO: ESCOLA PAROQUIAL DA VITÓRIA, LARGO DA VITÓRIA, VITÓRIA.
SALVADOR, BAHIA, BRASIL.
Fundação Maria Lúcia Jaqueira de Mattos
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Contatos: 71 3011 1188
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Judeus e palestinos de Salvador vivem em paz
Enquanto no Oriente Médio israelenses e palestinos vivem em estado de guerra, com os conflitos que parecem não ter fim, em Salvador, as comunidades estão unidas para pedir o fim dos ataques contra o seu povo. Na capital baiana, vivem legalmente quase 1.000 estrangeiros muçulmanos e israelenses, em perfeita harmonia e solidariedade. “Aqui não há disputa e todos estamos juntos em busca do mesmo objetivo: Paz”. É o que anuncia o presidente do Centro Islâmico da Bahia, Sheik Ahmad Abdul.
Ahmad Abdul mora em Salvador há 16 anos e acompanha aflito o pesadelo instalado no seu país. “É um absurdo o que está acontecendo e a causa é essa política de destruição total”. Abdul afirma que não existe inimizade entre os povos, uma vez que, sua religião - o islamismo - abarca todas as outras religiões, incluindo o judaísmo e o cristianismo. “Sou muçulmano e isso não impede que eu tenha amigos israelenses”, revelou.
A Bahia, em particular Salvador, sempre foi conhecida pela mistura de raças, culturas, povos e religiões. Um lugar único no Brasil que encanta todos os visitantes, não só por sua beleza, mas, principalmente por sua hospitalidade. E não foi à toa que o muçulmano Hassan Cheaito escolheu a cidade soteropolitana para viver. Para se afastar da guerra que acontece há tempos em todo território palestino, Hassan veio para o Brasil há 23 anos e faz 14 que vive em Salvador. “Morei primeiro em São Paulo e quando vim para Salvador a passeio, não consegui mas sair daqui”, relatou satisfeito. “Uma terra boa, com o povo receptivo e um clima que não tem igual”, acrescentou. Hassan tem dois filhos, baianos, e conta ainda que a cidade lhe proporcionou a sua própria vida, “Graças a Deus meus filhos nasceram longe de um país que sofre tanto com as guerras e vão ter oportunidade de crescer”.
Para Hassan a maioria das disputas acontece por causa de Israel. “Todos querem ter um pedaço do país e com isso estão cometendo tantas atrocidades”, explicou inconformado. Mas apesar disso afirma que o relacionamento entre ele e todos seus conterrâneos com os israelenses que aqui vivem é tranquilo. “Não há motivos para vivermos com brigas , somos todos irmãos e lá na palestina mães, pais e toda a nossa família estão sofrendo com os ataques”.
O presidente da Sociedade Israelita da Bahia, Izio Kowes, reafirma a boa convivência entre os povos. “Não somos inimigos, estamos matando uns aos outros lá no Oriente por causa da política”. Kowes lembra ainda que em diversos locais do Brasil, a exemplo São Paulo, muçulmanos e palestinos dividem a mesma calçada com seus negócios. “As nossas comunidades se respeitam e esse relacionamento tem que ser preservado”.(Por Karoline Meira)
Em busca da tranquilidade
“À procura de paz”. Atrás desse sentimento, distante para os moradores do território palestino, foi que fez também Abdalah Ali se mudar para Salvador. “Nosso povo vem há muito tempo sendo massacrado por Israel”, disse. Para o mulçumano não foi possível continuar vivendo refém do medo. “Crianças morrendo o tempo todo, tenho certeza que não somos nós, o povo, que queremos essa destruição. O alto poder é que ambiciona as terras alheias e estão acabando com a vida de gente inocente e não é por nós é por eles”.
A sociedade baiana também está reagindo, ainda que timidamente, aos ataques israelenses à Faixa de Gaza. Entidades sindicais, estudantis, partidárias, e religiosas estão realizando manifestações, em frente à sede do consulado dos EUA, localizado na Tancredo Neves, juntamente com os israelenses e muçulmanos que aqui vivem, enquanto a guerra persistir. Em 21 dias de ataques israelenses ao território palestino mais de mil pessoas morreram e quase cinco mil estão feridas entre crianças, idosos, gestantes, mulheres e homens inocentes.
“Paz não vem sem justiça”. Segundo o estudante baiano de filosofia Carlos Henrique dos Santos é necessário que exista um estado palestino onde todos, independentemente da sua religião, possam viver sem o medo constante de serem mortos por esses ataques. “O Brasil é um bom exemplo para isso, pois acolhe todos os povos e todos vivem na paz”.
Para o presidente do Centro Islâmico da Bahia, Sheik Ahmad Abdul , o estado está seguindo sua tradição que é de ser solidária e democrática. “É preciso chamar a atenção do mundo para o que está acontecendo. Todos nós precisamos lutar pela paz, senão amanhã um pesadelo como este pode chegar ao Brasil”, previne.
O atual ataque israelense à Faixa de Gaza, iniciado em 27 de dezembro de 2008, é um dos mais violentos desde a Primeira Intifada (revolta), entre 1987 e 1991. O grupo radical Hamas, que controla a região da Faixa de Gaza, declarou o fim de uma trégua com Israel em 19 de dezembro, e militantes aumentaram ataques com foguetes. Em resposta, Israel lançou um ataque que matou mais de 195 pessoas em Gaza somente no primeiro dia.(Por Karoline Meira)
Tribuna da Bahia
Ahmad Abdul mora em Salvador há 16 anos e acompanha aflito o pesadelo instalado no seu país. “É um absurdo o que está acontecendo e a causa é essa política de destruição total”. Abdul afirma que não existe inimizade entre os povos, uma vez que, sua religião - o islamismo - abarca todas as outras religiões, incluindo o judaísmo e o cristianismo. “Sou muçulmano e isso não impede que eu tenha amigos israelenses”, revelou.
A Bahia, em particular Salvador, sempre foi conhecida pela mistura de raças, culturas, povos e religiões. Um lugar único no Brasil que encanta todos os visitantes, não só por sua beleza, mas, principalmente por sua hospitalidade. E não foi à toa que o muçulmano Hassan Cheaito escolheu a cidade soteropolitana para viver. Para se afastar da guerra que acontece há tempos em todo território palestino, Hassan veio para o Brasil há 23 anos e faz 14 que vive em Salvador. “Morei primeiro em São Paulo e quando vim para Salvador a passeio, não consegui mas sair daqui”, relatou satisfeito. “Uma terra boa, com o povo receptivo e um clima que não tem igual”, acrescentou. Hassan tem dois filhos, baianos, e conta ainda que a cidade lhe proporcionou a sua própria vida, “Graças a Deus meus filhos nasceram longe de um país que sofre tanto com as guerras e vão ter oportunidade de crescer”.
Para Hassan a maioria das disputas acontece por causa de Israel. “Todos querem ter um pedaço do país e com isso estão cometendo tantas atrocidades”, explicou inconformado. Mas apesar disso afirma que o relacionamento entre ele e todos seus conterrâneos com os israelenses que aqui vivem é tranquilo. “Não há motivos para vivermos com brigas , somos todos irmãos e lá na palestina mães, pais e toda a nossa família estão sofrendo com os ataques”.
O presidente da Sociedade Israelita da Bahia, Izio Kowes, reafirma a boa convivência entre os povos. “Não somos inimigos, estamos matando uns aos outros lá no Oriente por causa da política”. Kowes lembra ainda que em diversos locais do Brasil, a exemplo São Paulo, muçulmanos e palestinos dividem a mesma calçada com seus negócios. “As nossas comunidades se respeitam e esse relacionamento tem que ser preservado”.(Por Karoline Meira)
Em busca da tranquilidade
“À procura de paz”. Atrás desse sentimento, distante para os moradores do território palestino, foi que fez também Abdalah Ali se mudar para Salvador. “Nosso povo vem há muito tempo sendo massacrado por Israel”, disse. Para o mulçumano não foi possível continuar vivendo refém do medo. “Crianças morrendo o tempo todo, tenho certeza que não somos nós, o povo, que queremos essa destruição. O alto poder é que ambiciona as terras alheias e estão acabando com a vida de gente inocente e não é por nós é por eles”.
A sociedade baiana também está reagindo, ainda que timidamente, aos ataques israelenses à Faixa de Gaza. Entidades sindicais, estudantis, partidárias, e religiosas estão realizando manifestações, em frente à sede do consulado dos EUA, localizado na Tancredo Neves, juntamente com os israelenses e muçulmanos que aqui vivem, enquanto a guerra persistir. Em 21 dias de ataques israelenses ao território palestino mais de mil pessoas morreram e quase cinco mil estão feridas entre crianças, idosos, gestantes, mulheres e homens inocentes.
“Paz não vem sem justiça”. Segundo o estudante baiano de filosofia Carlos Henrique dos Santos é necessário que exista um estado palestino onde todos, independentemente da sua religião, possam viver sem o medo constante de serem mortos por esses ataques. “O Brasil é um bom exemplo para isso, pois acolhe todos os povos e todos vivem na paz”.
Para o presidente do Centro Islâmico da Bahia, Sheik Ahmad Abdul , o estado está seguindo sua tradição que é de ser solidária e democrática. “É preciso chamar a atenção do mundo para o que está acontecendo. Todos nós precisamos lutar pela paz, senão amanhã um pesadelo como este pode chegar ao Brasil”, previne.
O atual ataque israelense à Faixa de Gaza, iniciado em 27 de dezembro de 2008, é um dos mais violentos desde a Primeira Intifada (revolta), entre 1987 e 1991. O grupo radical Hamas, que controla a região da Faixa de Gaza, declarou o fim de uma trégua com Israel em 19 de dezembro, e militantes aumentaram ataques com foguetes. Em resposta, Israel lançou um ataque que matou mais de 195 pessoas em Gaza somente no primeiro dia.(Por Karoline Meira)
Tribuna da Bahia
Policial Candido Santana Moreira é denunciado por homicídio.
O agente de polícia Cândido Santana Moreira foi denunciado à Justiça hoje, dia 14, pela coordenadora do Grupo de Atuação Especial para o Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público (Gacep), promotora de Justiça Isabel Adelaide Moura, que o acusa de ter assassinado, em 13 de dezembro de 2008, Roberto Alves Costa. Segundo a promotora, o crime foi cometido pelo policial na madrugada do dia 13, quando ele, a pretexto de realizar uma abordagem, interceptou Fábio Ribeiro, Ronald Costa e Roberto Costa no bairro de Pau da Lima.
Naquela madrugada, explica Isabel Adelaide, Cândido Moreira conduzia uma viatura policial quando, sem motivo nem situação de suspeição, abordou Roberto, Fábio Ribeiro e Ronald Costa que se encontravam em uma motocicleta. Roberto, submetido à autoridade do policial, passou então a ser agredido fisicamente, enquanto os outros dois permaneciam deitados no chão. Em seguida, continua a promotora, Fábio e Ronald receberam ordens de Cândido para ajudarem a colocar Roberto na viatura e também entrarem nela. Os dois, ao puxarem o amigo para entrar na viatura, ouviram do policial: tá me tirando de otário?, informou a coordenadora do Gacep, afirmando que, em seguida, os rapazes presenciaram, sem que pudessem esboçar qualquer reação, Cândido disparar um tiro contra a cabeça de Roberto.
Conforme a promotora, o policial, após atirar em Roberto, colocou as vítimas na viatura e as levou ao posto médico de São Marcos, onde as apresentou como se estivessem envolvidas em uma briga. Agora, Isabel Adelaide solicita a prisão preventiva do acusado e requer a condenação dele pelo crime de homicídio simples e tentativa de homicídio contra Ronald Costa que foi atingido no ombro pelo mesmo tiro desferido em Roberto.
Autor: Maiama Cardoso MTb/BA - 2335
Naquela madrugada, explica Isabel Adelaide, Cândido Moreira conduzia uma viatura policial quando, sem motivo nem situação de suspeição, abordou Roberto, Fábio Ribeiro e Ronald Costa que se encontravam em uma motocicleta. Roberto, submetido à autoridade do policial, passou então a ser agredido fisicamente, enquanto os outros dois permaneciam deitados no chão. Em seguida, continua a promotora, Fábio e Ronald receberam ordens de Cândido para ajudarem a colocar Roberto na viatura e também entrarem nela. Os dois, ao puxarem o amigo para entrar na viatura, ouviram do policial: tá me tirando de otário?, informou a coordenadora do Gacep, afirmando que, em seguida, os rapazes presenciaram, sem que pudessem esboçar qualquer reação, Cândido disparar um tiro contra a cabeça de Roberto.
Conforme a promotora, o policial, após atirar em Roberto, colocou as vítimas na viatura e as levou ao posto médico de São Marcos, onde as apresentou como se estivessem envolvidas em uma briga. Agora, Isabel Adelaide solicita a prisão preventiva do acusado e requer a condenação dele pelo crime de homicídio simples e tentativa de homicídio contra Ronald Costa que foi atingido no ombro pelo mesmo tiro desferido em Roberto.
Autor: Maiama Cardoso MTb/BA - 2335
domingo, 18 de janeiro de 2009
1ª Conferência Nacional de Segurança Pública do Brasil
O Brasil se prepara para dar mais um passo importante no fortalecimento do processo democrático e na ampliação do exercício da cidadania.
Em agosto de 2009, o Ministério da Justiça promoverá, em Brasília, a 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública, iniciativa inédita destinada à superação de entraves que colocam o tema entre as três maiores preocupações dos brasileiros. Unindo sociedade civil, poder público e trabalhadores da segurança pública, a 1ª. Conseg propõe o debate sobre a Política Nacional de Segurança Pública, para consolidar a formulação de um novo paradigma, conforme proposta do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci).
Objetivos específicos da 1ª Conseg
Definir as prioridades para a implementação da Política Nacional de Segurança Pública, conforme os eixos temáticos:
- Promover, qualificar e consolidar a participação da sociedade civil, trabalhadores e poder público no ciclo de gestão das políticas públicas de segurança;
- Criar e estimular o compromisso e a responsabilidade para os demais órgãos do poder público e para a sociedade na efetivação da segurança com cidadania;
- Contribuir para o fortalecimento do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), tornando-o um ambiente de integração, cooperação e pactuação política entre as instituições e a sociedade civil com base na solidariedade federativa;
- Deliberar sobre a estratégia de implementação, monitoramento e avaliação das resoluções da 1ª Conseg;
- Recomendar diretrizes aos estados e municípios para incorporação dos princípios e eixos da 1ª Conseg nas políticas públicas de segurança;
- Fortalecer e facilitar o estabelecimento de redes sociais e institucionais articuladas em torno do tema da segurança pública;
- Fortalecer os eixos de valorização profissional e de garantia de direitos humanos como estratégicos para a Política Nacional de Segurança Pública;
- Fortalecer o conceito de segurança como direito humano;
- Fortalecer e facilitar o estabelecimento de uma política de educação pela paz e não-violência nas redes sociais e institucionais articuladas em torno do tema da segurança pública preventiva;
- Propor a reformulação da composição do Conasp, do Conselho Gestor do Fundo Nacional de Segurança Pública e da gestão do Fundo Nacional, com base na participação e integração dos entes federativos, trabalhadores e entidades da sociedade civil.
Eixos temáticos (o que será discutido na Conferência)
- Gestão democrática: controle social e externo, integração e federalismo;
- Financiamento e gestão da política pública de segurança;
- Valorização profissional e otimização das condições de trabalho;
- Repressão qualificada da criminalidade;
- Prevenção social do crime e das violências e construção da paz;
- Diretrizes para o sistema penitenciário;
- Diretrizes para o sistema de prevenção, atendimentos emergenciais e acidentes
Ministério da Justiça
Esplanada dos Ministérios Bloco T, Edifício sede
70064-900
Brasília-DF
15/11/2008 a 30/9/2009
http://www.conseg.gov.br/
http://www.conseg.gov.br/
http://www.conseg.gov.br/
Em agosto de 2009, o Ministério da Justiça promoverá, em Brasília, a 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública, iniciativa inédita destinada à superação de entraves que colocam o tema entre as três maiores preocupações dos brasileiros. Unindo sociedade civil, poder público e trabalhadores da segurança pública, a 1ª. Conseg propõe o debate sobre a Política Nacional de Segurança Pública, para consolidar a formulação de um novo paradigma, conforme proposta do Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci).
Objetivos específicos da 1ª Conseg
Definir as prioridades para a implementação da Política Nacional de Segurança Pública, conforme os eixos temáticos:
- Promover, qualificar e consolidar a participação da sociedade civil, trabalhadores e poder público no ciclo de gestão das políticas públicas de segurança;
- Criar e estimular o compromisso e a responsabilidade para os demais órgãos do poder público e para a sociedade na efetivação da segurança com cidadania;
- Contribuir para o fortalecimento do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), tornando-o um ambiente de integração, cooperação e pactuação política entre as instituições e a sociedade civil com base na solidariedade federativa;
- Deliberar sobre a estratégia de implementação, monitoramento e avaliação das resoluções da 1ª Conseg;
- Recomendar diretrizes aos estados e municípios para incorporação dos princípios e eixos da 1ª Conseg nas políticas públicas de segurança;
- Fortalecer e facilitar o estabelecimento de redes sociais e institucionais articuladas em torno do tema da segurança pública;
- Fortalecer os eixos de valorização profissional e de garantia de direitos humanos como estratégicos para a Política Nacional de Segurança Pública;
- Fortalecer o conceito de segurança como direito humano;
- Fortalecer e facilitar o estabelecimento de uma política de educação pela paz e não-violência nas redes sociais e institucionais articuladas em torno do tema da segurança pública preventiva;
- Propor a reformulação da composição do Conasp, do Conselho Gestor do Fundo Nacional de Segurança Pública e da gestão do Fundo Nacional, com base na participação e integração dos entes federativos, trabalhadores e entidades da sociedade civil.
Eixos temáticos (o que será discutido na Conferência)
- Gestão democrática: controle social e externo, integração e federalismo;
- Financiamento e gestão da política pública de segurança;
- Valorização profissional e otimização das condições de trabalho;
- Repressão qualificada da criminalidade;
- Prevenção social do crime e das violências e construção da paz;
- Diretrizes para o sistema penitenciário;
- Diretrizes para o sistema de prevenção, atendimentos emergenciais e acidentes
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sábado, 17 de janeiro de 2009
NA BAHIA,UNIDADES PRÉ-MOLDADAS PARA ABRIGAR PRESOS.
Unidades pré-moldadas irão abrigar 428 presos
Por Tatiana Ribeiro
Chegaram na manhã de ontem, as novas instalações para construção da cadeia pública no Complexo Penal da Mata Escura. O espaço de sete mil metros quadrados será distribuído para 68 celas com capacidade para 428 internos. No mini-presídio, também haverá espaços para banho de sol, atendimento médico, encontro intimo, cabines para entrevistas com advogados e refeitórios. De acordo com o superintendente de Assuntos Penais, coronel Francisco Leite, serão quatro pavilhões, sendo dois com 16 celas e outros dois com 18. A cadeia pública será destinada a abrigar presos que aguardam julgamento.
Conforme Francisco Leite, a construção dos mini-presídios dispensa a armadura convencional. Os monoblocos fabricados de concreto e aço são altamente resistentes a vandalismo. “A circulação dos internos é separada da circulação dos agentes penitenciários, que operam a abertura e o fechamento das celas, bem como, todas as instalações elétricas e hidráulicas de uma passarela de aço. “As janelas são em aço temperado com painel deslizante em policarbonato transparente. As paredes são de alta resistência e não permitem que os presos guardem mercadorias”, descreveu.
Para a secretária de Justiça e Direitos Humanos, Marília Muricy, esse sistema estará pronto em junho deste ano. A vantagem do novo modelo é o baixo custo de manutenção. As celas possuem tinta permanente e a rede elétrica é planejada para funcionar apenas com equipamentos que consomem pouca energia. “As unidades oferecem conforto e ventilação porque possuem um forro formado por três camadas de concreto, aço e isopor” , relatou a secretária.
Além da cadeia pública do Complexo da Mata Escura, também serão construídos outros cinco mini-presídios nas cidades de Juazeiro, Vitória da Conquista, Jequié, Itabuna e Teixeira de Freitas. Cada unidade terá seis celas com capacidade para abrigar oito internos em cada uma delas.
Desarticulada quadrilha de tráfico de drogas
Dezessete pessoas de uma quadrilha especializada em tráfico de drogas foram apresentadas, na manhã de ontem, no auditório da Secretaria de Segurança Pública, no Centro Administrativo da Bahia. As prisões foram feitas nas cidades de Salvador, Camaçari, Alagoinhas, Dias D‘ Ávila e Aracaju. Com elas, foram encontrados 20 celulares, cinco quilos de pasta de cocaína, sete pistolas, duas espingardas e o valor de R$ 3.328,00, cinco veículos e três motocicletas, duas TVs de plasma e um notebook.
De acordo com o secretário de Segurança Pública, César Nunes, a operação denominada “Maia”, vinha sendo planejada há nove meses, e tem como objetivo coibir o tráfico de drogas na capital e no interior. “Vários elementos dessa quadrilha são do Estado de Mato Grosso. Provavelmente a droga que abastecia as cidades do interior da Bahia era proveniente da Bolívia”, explicou o secretário. As prisões começaram na rodoviária de Salvador. Duas mulheres que fazem parte do grupo vieram da cidade de Alagoinhas e foram interceptadas pelos policiais. Simultaneamente, agentes da 2ª Coordenadoria de Polícia, Coorpin, se dividiram em outras cidades para realizar as prisões. Conforme Ricardo Brito, delegado da Coorpin, a policia ainda investiga o envolvimento da quadrilha com homicídios e assaltos a bancos. Marcelo Mendes Ferreira e sua esposa, Karine de Oliveira Campos, são apontados como os líderes do grupo.
Vizinhança salva crianças de incêndio em casa no Engenho Velho da Federação
Uma casa situada na Rua Apolinário Santana, bairro de Engenho Velho da Federação, pegou fogo na tarde de ontem. Duas crianças, uma de seis meses, outra de um ano, dormiam no quarto que começou o incêndio e foram salvas sem ferimentos por uma vizinha. Segundo a vendedora de milho, Kátia Maria Bastos, de 29 anos, mãe das crianças, o fogo teria sido provocado por um curto circuito nos fios que ficam situados no telhado da residência. A mulher disse que a fiação estava mal feita e deduz que pelo telhado ter esquentado com o sol forte, acabou provocando o curto circuito. Mas somente o laudo da perícia para constatar a causa do incêndio.
A casa abrigava quatro adultos e nove crianças. Kátia revelou que perdeu quase tudo no incêndio. “Só conseguimos salvar alguns móveis, mas as roupas, camas, colchões e documentos foram destruídos”, lamentava. O fogo começou por um dos quartos, a vizinha Maria Helena chegava na residência para ver as crianças e após perceber o cheiro de queimado foi até um dos cômodos e viu as duas meninas dormindo tranquilamente numa cama. “Imediatamente agarrei as duas crianças e saí correndo da casa.
Os vizinhos, juntamente com os inquilinos da residência ajudaram a apagar o fogo. (Por Silvana Blesa)
Por Tatiana Ribeiro
Chegaram na manhã de ontem, as novas instalações para construção da cadeia pública no Complexo Penal da Mata Escura. O espaço de sete mil metros quadrados será distribuído para 68 celas com capacidade para 428 internos. No mini-presídio, também haverá espaços para banho de sol, atendimento médico, encontro intimo, cabines para entrevistas com advogados e refeitórios. De acordo com o superintendente de Assuntos Penais, coronel Francisco Leite, serão quatro pavilhões, sendo dois com 16 celas e outros dois com 18. A cadeia pública será destinada a abrigar presos que aguardam julgamento.
Conforme Francisco Leite, a construção dos mini-presídios dispensa a armadura convencional. Os monoblocos fabricados de concreto e aço são altamente resistentes a vandalismo. “A circulação dos internos é separada da circulação dos agentes penitenciários, que operam a abertura e o fechamento das celas, bem como, todas as instalações elétricas e hidráulicas de uma passarela de aço. “As janelas são em aço temperado com painel deslizante em policarbonato transparente. As paredes são de alta resistência e não permitem que os presos guardem mercadorias”, descreveu.
Para a secretária de Justiça e Direitos Humanos, Marília Muricy, esse sistema estará pronto em junho deste ano. A vantagem do novo modelo é o baixo custo de manutenção. As celas possuem tinta permanente e a rede elétrica é planejada para funcionar apenas com equipamentos que consomem pouca energia. “As unidades oferecem conforto e ventilação porque possuem um forro formado por três camadas de concreto, aço e isopor” , relatou a secretária.
Além da cadeia pública do Complexo da Mata Escura, também serão construídos outros cinco mini-presídios nas cidades de Juazeiro, Vitória da Conquista, Jequié, Itabuna e Teixeira de Freitas. Cada unidade terá seis celas com capacidade para abrigar oito internos em cada uma delas.
Desarticulada quadrilha de tráfico de drogas
Dezessete pessoas de uma quadrilha especializada em tráfico de drogas foram apresentadas, na manhã de ontem, no auditório da Secretaria de Segurança Pública, no Centro Administrativo da Bahia. As prisões foram feitas nas cidades de Salvador, Camaçari, Alagoinhas, Dias D‘ Ávila e Aracaju. Com elas, foram encontrados 20 celulares, cinco quilos de pasta de cocaína, sete pistolas, duas espingardas e o valor de R$ 3.328,00, cinco veículos e três motocicletas, duas TVs de plasma e um notebook.
De acordo com o secretário de Segurança Pública, César Nunes, a operação denominada “Maia”, vinha sendo planejada há nove meses, e tem como objetivo coibir o tráfico de drogas na capital e no interior. “Vários elementos dessa quadrilha são do Estado de Mato Grosso. Provavelmente a droga que abastecia as cidades do interior da Bahia era proveniente da Bolívia”, explicou o secretário. As prisões começaram na rodoviária de Salvador. Duas mulheres que fazem parte do grupo vieram da cidade de Alagoinhas e foram interceptadas pelos policiais. Simultaneamente, agentes da 2ª Coordenadoria de Polícia, Coorpin, se dividiram em outras cidades para realizar as prisões. Conforme Ricardo Brito, delegado da Coorpin, a policia ainda investiga o envolvimento da quadrilha com homicídios e assaltos a bancos. Marcelo Mendes Ferreira e sua esposa, Karine de Oliveira Campos, são apontados como os líderes do grupo.
Vizinhança salva crianças de incêndio em casa no Engenho Velho da Federação
Uma casa situada na Rua Apolinário Santana, bairro de Engenho Velho da Federação, pegou fogo na tarde de ontem. Duas crianças, uma de seis meses, outra de um ano, dormiam no quarto que começou o incêndio e foram salvas sem ferimentos por uma vizinha. Segundo a vendedora de milho, Kátia Maria Bastos, de 29 anos, mãe das crianças, o fogo teria sido provocado por um curto circuito nos fios que ficam situados no telhado da residência. A mulher disse que a fiação estava mal feita e deduz que pelo telhado ter esquentado com o sol forte, acabou provocando o curto circuito. Mas somente o laudo da perícia para constatar a causa do incêndio.
A casa abrigava quatro adultos e nove crianças. Kátia revelou que perdeu quase tudo no incêndio. “Só conseguimos salvar alguns móveis, mas as roupas, camas, colchões e documentos foram destruídos”, lamentava. O fogo começou por um dos quartos, a vizinha Maria Helena chegava na residência para ver as crianças e após perceber o cheiro de queimado foi até um dos cômodos e viu as duas meninas dormindo tranquilamente numa cama. “Imediatamente agarrei as duas crianças e saí correndo da casa.
Os vizinhos, juntamente com os inquilinos da residência ajudaram a apagar o fogo. (Por Silvana Blesa)
Tiroteio ao por-do-sol
Tem uma frase que não suporto dizer, mas tenho a mania de dizer e não tem como me fazer não dizer. Trata-se de: “eu não disse!”. O porquê de minha chateação quando tenho de proferir a sentença: é que estou demonstrando que aquilo que eu disse que iria acontecer aconteceu. Ou seja: eu avisei, chamei a atenção, pontuei, alertei e ninguém ligou. Como não deram bola, o previsto aconteceu. E então eu reajo: “CACETE. EU NÃO DISSE?”.
Hoje estou aborrecido. Primeiro pela morte de Marcos Pinheiro, meu grande amigo e tão amigo que a gente não se via fazia anos, mas ele sempre me escrevia elogiando as coisas que escrevo aqui na Tribuna da Bahia, vai fazer 25 anos este ano. Elogiava por gostar de mim, para dar uma força, para me colocar para cima, como somente os bons amigos o fazem. Marcos se foi neste verão insano. Mas, vamos lembrar dele em todas as estações.
Este verão é insano e sem lei como todos os últimos verões na Bahia. A Barra, queiram ou não percebam, é o lugar escolhido pela absoluta maioria dos turistas que chegam. O turismo baiano é feito da seguinte forma. Primeiro o cara chega seja lá de onde for – Sergipe, Pequim, Piauí, Paris, Roraima, Itália, Manauis ou Buenos Aires. Segundo, corre logo para o Pelourinho que é famoso no mundo inteiro e não precisa de apresentação. Então percorre as igrejas, tenta ir em algum museu e geralmente bate a cara na porta por que museu em Salvador fecha para almoço e só abre muito mesmo depois da siesta e tem dias que nem abre as portas. O cara então vai conhecer Itapuã que não tem nada. Só meia dúzia de coqueiros e um farol horrível, pessimamente localizado.
É quando alguém garante que ele tem de se mandar para o Litoral Norte, preferencialmente para Sauípe ( o complexo, claro) e dar um tempo na Praia do Forte. Mas, lá, ele descobre que só tem gringo e quer um lugar mais legal para ficar uns dias. Claro que o point certo é a Barra. O cara então vem para o Porto da Barra e nunca mais quer ir embora. Tanto que tenho mais de vinte amigos gringos, até do Azeibarjão, que vieram viram, gostaram e ficaram para sempre.
Foi então que em janeiro do ano passado eu chamava a atenção para a bela e gostosíssima (com todo respeito) delegada da Décima Quarta Delegacia, que fica na rua Marquês de Caravelas, para o comamndante da Décima Primeira Companhia de Polícia Militar, que fica na Ladeira da Barra e para om prefeito João Henrique, que estava formando a Guarda Municipal, que estava faltando segurança entre o Porto e o Clube Espanhol.
Em outubro recente eu alertei para a necessidade de se colocar mais efetivo policial no trecho, pois teve final de semana de se verificar que havia uma dupla no Farol e outra já quase em Ondina e que alguns turistas tinham sido assaltados. Cheguei a brincar, mais recentemente neste espaço volátil, que era preciso colocar policiais de bermuda na areia, na praia mesmo e até disse que PM tem nojo de areia e de sal. Não gosta de se melar. Lembrei que em tempos passados, até mesmo uma moto de quatro rodas ficava no Porto da Barra e no Farol da Barra. Mas, que fim levaram as motos dos policiais de camiseta?
Eu achava, na verdade, que o problema na Barra seria mais em relação ao frescobol, ao baba, à capoeira jogada à beira mar, no meio dos banhistas e à ação dos pivetes e da prostituição infantil. Só não sabia que este ano a venda de drogas aumentou consideravelmente e que as quadrilhas estariam disputando os pontos. Em outra ocasião eu mostrei aqui que maconha, crack e cocaína estavam sendo vendidas escancaradamente onde ficam os pescadores, perto do Forte de Santa Maria, na antiga rua da Lama (no Porto) e na área abaixo e ao lado do Farol da Barra.
Portanto, o tiroteio que aconteceu perto do Cristo (junto de um trailer da PM) ferindo quatro pessoas e o assalto ao Shopping Barra é consequência da falta de visão, de preparo, de preparação, de logística ( e nem quero falar envolvimento dos policiais civis e militares que atuam na área com o tráfico), ação e vontade da polícia. Pode se preparar. Vai piorar. Tomara, pelo menos, que os policiais estejam passando filtro solar enquanto ficam olhando a paisagem. Olha o que estou dizendo nesta data.
Jolivaldo Freitas é escritor e jornalista. e-mail: jolivaldo.freitas@yahoo.com.br
Hoje estou aborrecido. Primeiro pela morte de Marcos Pinheiro, meu grande amigo e tão amigo que a gente não se via fazia anos, mas ele sempre me escrevia elogiando as coisas que escrevo aqui na Tribuna da Bahia, vai fazer 25 anos este ano. Elogiava por gostar de mim, para dar uma força, para me colocar para cima, como somente os bons amigos o fazem. Marcos se foi neste verão insano. Mas, vamos lembrar dele em todas as estações.
Este verão é insano e sem lei como todos os últimos verões na Bahia. A Barra, queiram ou não percebam, é o lugar escolhido pela absoluta maioria dos turistas que chegam. O turismo baiano é feito da seguinte forma. Primeiro o cara chega seja lá de onde for – Sergipe, Pequim, Piauí, Paris, Roraima, Itália, Manauis ou Buenos Aires. Segundo, corre logo para o Pelourinho que é famoso no mundo inteiro e não precisa de apresentação. Então percorre as igrejas, tenta ir em algum museu e geralmente bate a cara na porta por que museu em Salvador fecha para almoço e só abre muito mesmo depois da siesta e tem dias que nem abre as portas. O cara então vai conhecer Itapuã que não tem nada. Só meia dúzia de coqueiros e um farol horrível, pessimamente localizado.
É quando alguém garante que ele tem de se mandar para o Litoral Norte, preferencialmente para Sauípe ( o complexo, claro) e dar um tempo na Praia do Forte. Mas, lá, ele descobre que só tem gringo e quer um lugar mais legal para ficar uns dias. Claro que o point certo é a Barra. O cara então vem para o Porto da Barra e nunca mais quer ir embora. Tanto que tenho mais de vinte amigos gringos, até do Azeibarjão, que vieram viram, gostaram e ficaram para sempre.
Foi então que em janeiro do ano passado eu chamava a atenção para a bela e gostosíssima (com todo respeito) delegada da Décima Quarta Delegacia, que fica na rua Marquês de Caravelas, para o comamndante da Décima Primeira Companhia de Polícia Militar, que fica na Ladeira da Barra e para om prefeito João Henrique, que estava formando a Guarda Municipal, que estava faltando segurança entre o Porto e o Clube Espanhol.
Em outubro recente eu alertei para a necessidade de se colocar mais efetivo policial no trecho, pois teve final de semana de se verificar que havia uma dupla no Farol e outra já quase em Ondina e que alguns turistas tinham sido assaltados. Cheguei a brincar, mais recentemente neste espaço volátil, que era preciso colocar policiais de bermuda na areia, na praia mesmo e até disse que PM tem nojo de areia e de sal. Não gosta de se melar. Lembrei que em tempos passados, até mesmo uma moto de quatro rodas ficava no Porto da Barra e no Farol da Barra. Mas, que fim levaram as motos dos policiais de camiseta?
Eu achava, na verdade, que o problema na Barra seria mais em relação ao frescobol, ao baba, à capoeira jogada à beira mar, no meio dos banhistas e à ação dos pivetes e da prostituição infantil. Só não sabia que este ano a venda de drogas aumentou consideravelmente e que as quadrilhas estariam disputando os pontos. Em outra ocasião eu mostrei aqui que maconha, crack e cocaína estavam sendo vendidas escancaradamente onde ficam os pescadores, perto do Forte de Santa Maria, na antiga rua da Lama (no Porto) e na área abaixo e ao lado do Farol da Barra.
Portanto, o tiroteio que aconteceu perto do Cristo (junto de um trailer da PM) ferindo quatro pessoas e o assalto ao Shopping Barra é consequência da falta de visão, de preparo, de preparação, de logística ( e nem quero falar envolvimento dos policiais civis e militares que atuam na área com o tráfico), ação e vontade da polícia. Pode se preparar. Vai piorar. Tomara, pelo menos, que os policiais estejam passando filtro solar enquanto ficam olhando a paisagem. Olha o que estou dizendo nesta data.
Jolivaldo Freitas é escritor e jornalista. e-mail: jolivaldo.freitas@yahoo.com.br
Sérgio Cabral promete inaugurar nova sede do IML em 40 dias
O RJTV cobrou o atraso de 6 meses da inauguração do prédio, que vai melhorar o atendimento à população. Quem precisa do serviço do IML enfrenta as dificuldades causadas pelas condições precárias.
Altair Cândido Ferreira perdeu a filha há três anos. Roberta morreu depois de voltar de uma festa rave. O atestado de óbito não esclarece a causa da morte. Segundo a família, até hoje o exame feito no Instituto Médico Legal não ficou pronto.
“A informação dos funcionários era a seguinte: não adianta vir diariamente ou todo mês, porque os laudos só saem depois de dois anos. Falta pessoal e material. Não temos reagente”, denuncia Altair.
A dificuldade em conseguir resultados de exames é apenas uma das queixas de quem precisa do IML. Parte da sede do instituto, no Centro do Rio, foi interditada há dois anos por causa da estrutura precária. Quem entra no prédio percebe que os problemas vão muito além da demora no atendimento: os elevadores não funcionam. Há infiltrações e a fiação elétrica fica exposta.
Saiba mais
» Novo prédio do IML está pronto há meses mas ainda não funciona
O RJTV mostrou, na segunda-feira, que a nova sede do IML está pronta desde julho e que a inauguração já foi cancelada duas vezes. Hoje, o diretor do IML mostrou as instalações. Os móveis já chegaram, mas faltam equipamentos.
“A parte dos laboratórios, que são onde a gente pode verificar as causas microscópicas da violência, tem menos de 5% adquirido. A parte da necropsia já está montada, mas não dá para funcionar sem o outro”, alega o diretor Jefferson Oliveira.
Segundo o diretor, a compra de parte dos equipamentos ainda está em processo de licitação. Mas o governador Sérgio Cabral disse que esse não é o motivo do atraso. “O problema é a instalação dos equipamentos. São equipamentos sofisticados. Eu espero que, até o final de fevereiro, antes do carnaval, nós estejamos inaugurando o IML mais moderno da América do Sul”, declarou o governador Sérgio Cabral
http://rjtv.globo.com/Jornalismo/RJTV/0,,MUL957772-9099,00-SERGIO+CABRAL+PROMETE+ABRIR+NOVA+SEDE+DO+IML+EM+DIAS.html
Altair Cândido Ferreira perdeu a filha há três anos. Roberta morreu depois de voltar de uma festa rave. O atestado de óbito não esclarece a causa da morte. Segundo a família, até hoje o exame feito no Instituto Médico Legal não ficou pronto.
“A informação dos funcionários era a seguinte: não adianta vir diariamente ou todo mês, porque os laudos só saem depois de dois anos. Falta pessoal e material. Não temos reagente”, denuncia Altair.
A dificuldade em conseguir resultados de exames é apenas uma das queixas de quem precisa do IML. Parte da sede do instituto, no Centro do Rio, foi interditada há dois anos por causa da estrutura precária. Quem entra no prédio percebe que os problemas vão muito além da demora no atendimento: os elevadores não funcionam. Há infiltrações e a fiação elétrica fica exposta.
Saiba mais
» Novo prédio do IML está pronto há meses mas ainda não funciona
O RJTV mostrou, na segunda-feira, que a nova sede do IML está pronta desde julho e que a inauguração já foi cancelada duas vezes. Hoje, o diretor do IML mostrou as instalações. Os móveis já chegaram, mas faltam equipamentos.
“A parte dos laboratórios, que são onde a gente pode verificar as causas microscópicas da violência, tem menos de 5% adquirido. A parte da necropsia já está montada, mas não dá para funcionar sem o outro”, alega o diretor Jefferson Oliveira.
Segundo o diretor, a compra de parte dos equipamentos ainda está em processo de licitação. Mas o governador Sérgio Cabral disse que esse não é o motivo do atraso. “O problema é a instalação dos equipamentos. São equipamentos sofisticados. Eu espero que, até o final de fevereiro, antes do carnaval, nós estejamos inaugurando o IML mais moderno da América do Sul”, declarou o governador Sérgio Cabral
http://rjtv.globo.com/Jornalismo/RJTV/0,,MUL957772-9099,00-SERGIO+CABRAL+PROMETE+ABRIR+NOVA+SEDE+DO+IML+EM+DIAS.html
Em Ciudad Juárez,México,que faz fronteira com o Texas, em dez anos, mais de 300 mulheres foram assassinadas com um mesmo ritual.
MÉXICO
Trezentos crimes perfeitos
Em Ciudad Juárez, cidade do norte do México que faz fronteira com o Texas, em dez anos, mais de 300 mulheres foram assassinadas com um mesmo ritual: seqüestro, tortura, sevícias sexuais, mutilações e estrangulamento
Sergio González Rodríguez
Será que se trata de rituais satânicos? De orgias perversas de narcotraficantes? De vendedores de órgãos? De sacrifícios humanos para a filmagem de filmes-realidade?
Um dos mais terríveis contos da literatura contemporânea narra a história de um vampiro que, num campo de concentração, sangra, um após o outro, seus companheiros de infortúnio. Essa assustadora ficção intitula-se Dentre os mortos e seus autores, Gardner Dozois e Jack Dann, tiveram que batalhar bastante para que fosse publicada nos Estados Unidos em 1982: nenhuma revista de ficção científica ousava propô-la a seus leitores. Era de uma imaginação por demais doentia e excessivamente atroz.
Se essa narrativa de vampiros nos choca, é, provavelmente, porque vivemos num mundo quase normal em que tais horrores não acontecem com freqüência. Por outro lado, essa história nos pareceria banal, se vivêssemos num universo em que os piores crimes fossem aceitos: por exemplo, seqüestrar, violentar, torturar, matar... Um mundo em que os policiais protegeriam os assassinos, seriam seus cúmplices, comemorariam a acusação de inocentes, e ameaçariam – até eliminariam – todo e qualquer investigador... Um mundo de cabeça para baixo em que as autoridades fechariam os olhos, os criminosos estariam em liberdade e os inocentes, martirizados. Em resumo, um pesadelo. Com um detalhe: esse mundo de horror é verdadeiro e faz parte da realidade do México. Tão verdadeiro quanto as vítimas, as provas e os depoimentos que acumulei durante longos anos.
Mistério criminal assombroso
O palco de um dos mais assombrosos mistérios criminais de todos os tempos chama-se Ciudade Juárez, no Estado de Chihuahua, na fronteira com os Estados Unidos. Sua população de 1,3 milhão de habitantes está refém de assassinos sem rosto. O que ali acontece é um insulto aos direitos humanos. Desde 1993, mais de 300 mulheres foram seqüestradas, violentadas e assassinadas. A maioria dessas mulheres tinha características comuns: cerca de cem, pelo menos, eram provenientes de meio pobre, quase sempre operárias, todas eram baixas, morenas e de cabelo comprido. A maioria não pôde ser identificada: todas foram vítimas de violências sexuais, e, sem exceção, foram todas estranguladas...
Alguns cadáveres foram encontrados nos bairros centrais da cidade, outros, em terrenos baldios da periferia, mas uma coisa é certa: todas foram mortas em outro lugar, depois de, às vezes, ficarem desaparecidas durante semanas... O modus operandi dos assassinos é idêntico ao dos matadores em série. Os assassinatos repetem-se, assemelham-se, as sevícias são as mesmas, e atingem não só mulheres adultas, mas também adolescentes e até meninas de apenas 10 ou 12 anos.
Taxa de impunidade quase total
Depoimentos indicam que os assassinos teriam sido protegidos pelos policiais de Chihuahua. Depois, teriam se beneficiado do apoio dos meios ligados ao tráfico
Para todas as mulheres, Ciudad Juárez tornou-se o lugar mais perigoso do mundo. Em lugar nenhum, nem mesmo nos Estados Unidos – em que há inúmeros serial killers – as mulheres estão tão ameaçadas. No resto do México, entre dez vítimas de assassinatos, só uma é mulher. Em Ciudad Juárez, entre dez pessoas assassinadas, quatro são mulheres... E a série de crimes pode não parar por aí, pois, segundo as Nações Unidas, a taxa de impunidade no México é quase total.
Só existe uma arma capaz de combater tal flagelo: a memória, o depoimento. Nunca me senti tão abalado como quando fui aos lugares em que os cadáveres foram descobertos: era como que uma quarta dimensão, um sentimento de terror, a meio caminho entre a realidade e a alucinação.
Incompetência das autoridades
Esther Chávez Cano, dirigente de uma organização contra a violência doméstica, pensa que os assassinatos vão continuar: a incompetência das autoridades é evidente. A polícia, no entanto, prendeu um indivíduo de nome Jesús Manuel Guardado Márquez, vulgo “El Tolteca”, bem como a quadrilha de “Los Choferes”, acusados de serem os assassinos. Mas essas prisões não modificaram a convicção de Esther Chávez: “É uma farsa. Isso não muda nada, os crimes vão continuar, como depois da prisão da quadrilha de ‘Los Rebeldes’. Na época, tinham-nos dito que eram eles os assassinos. Acreditou-se que tinham acabado de vez com esse pesadelo. E, veja, continuam a ser encontrados cadáveres de mulheres violentadas, torturadas...”
Segundo Esther Chávez, essa situação é a repetição da de 1995: a polícia, na ocasião, prendeu um químico de origem egípcia, Abdel Latif Sharif Sharif e o acusou dos crimes. Pouco depois, capturou uma quadrilha de jovens delinqüentes, “Los Rebeldes”, supostos cúmplices de Sharif Sharif.
Bode expiatório
A mão-de-obra das fábricas da cidade é composta sobretudo por mulheres. São elas que sustentam as famílias, o que perturba as tradições machistas e patriarcais
Sharif Sharif continua preso na parte isolada da prisão de segurança máxima de Chihuahua, capital do Estado. Acusado do assassinato de uma adolescente, Elisabeth Castro García, foi condenado a 30 anos de reclusão, no final de um processo cheio de irregularidades, e que está sendo revisto. Quanto a suas ligações com “Los Rebeldes”, as autoridades nunca chegaram a estabelecê-las...
Usando o telefone da prisão, Sharif Sharif assumiu o risco de interpelar ao vivo, em 1999, o procurador-geral, que participava de um programa de televisão. Declarou sua inocência, afirmou a certeza de que era apenas um bode expiatório e desafiou o procurador a submetê-lo ao detector de mentiras. Furiosas, as autoridades colocaram o egípcio na solitária... Sua advogada, Irene Blanco, foi ameaçada de morte, mas não se deixou intimidar. Seu filho Eduardo foi alvo de um atentado e sobreviveu por milagre. Irene Blanco teve de abandonar a defesa de Sharif Sharif e deixou a cidade...
Dois matadores em série
Segundo o criminologista Oscar Máynez, pelo menos 60 assassinatos cometidos entre 1993 e 1999 foram planejados “segundo o mesmo padrão”. Considera que se trata de crimes executados por dois “matadores em série” diferentes. Em 1998, o famoso superdetetive norte-americano, Robert K. Ressler, especialista do FBI, inventor da expressão “serial killer” e da técnica de “perfilagem” dos matadores em série1 - que assessorou o filme O Silêncio dos inocentes, de Jonathan Demme -, veio a Ciudad Juárez investigar esses 300 crimes. Em seu relatório, Ressler afirmou que a maioria dos assassinatos de mulheres foi obra de dois serial killers que não seriam, segundo ele, mexicanos, mas muito provavelmente espanhóis... ou chicanos dos Estados Unidos. Em 1999, uma das maiores especialistas mundiais em criminologia, Candice Skrapec2, da Universidade da Califórnia, confirmou que cerca de 90 dos assassinatos haviam provavelmente sido cometidos por um ou dois matadores em série. Ela achava que Ángel Maturino Reséndez3, o célebre “assassino da estrada de ferro”, poderia ser um dos autores.
A onda de homicídios transformou essas matanças esporádicas numa verdadeira obsessão criminosa: indivíduos cometem assassinatos por puro desejo de imitação
Por que razão os cadáveres são desfigurados e mutilados? Por que razão uma tal brutalidade contra as vítimas, um tal sadismo bárbaro? Será que se trata de rituais satânicos? De orgias perversas de narcotraficantes? De vendedores de órgãos? De sacrifícios humanos para a filmagem de filmes-realidade (snuff movies) nos quais a vítima é violentada, torturada e morta diante da câmara? As questões se sucedem infinitamente, sem que nenhuma investigação séria traga respostas. Diversos depoimentos indicam que os assassinos teriam sido protegidos, num primeiro momento, pelos policiais de Chihuahua. Depois, teriam se beneficiado do apoio dos meios do poder ligados ao tráfico de drogas.
Conexões com máfias e com o governo
No final de 1999, cadáveres de mulheres e de meninas foram encontrados perto de fazendas pertencentes a traficantes de cocaína. Essa coincidência parecia estabelecer ligações entre os homicidas e a máfia dos traficantes, ela própria ligada à polícia e aos militares. Mas as autoridades recusaram-se a orientar o inquérito nessa direção.
Desde 1998, a Comissão Mexicana de Direitos Humanos (CMDH) emitiu recomendações a respeito dessas centenas de assassinatos de mulheres, aos quais o Estado deu muito pouca atenção. Um nome volta a aparecer com freqüência entre os suspeitos, o de Alejandro Máynez, que teria participado de uma quadrilha de criminosos, de receptadores e de traficantes de drogas e de jóias, e também membro de uma família rica, proprietária de casas noturnas. Nunca foi incomodado pela polícia.
Máynez, como outras pessoas suspeitas, estava, entre 1992 e 1998, sob a proteção do governador do Estado de Chihuahua, Francisco Barrio Terrazas, do Partido Ação Nacional (PAN). Durante o mandato deste último, os assassinatos de mulheres multiplicaram-se e se somaram à violência costumeira desse Estado, o mais violento do México. Na época, Barrio Terrazas declarou que esses assassinatos não tinham nada de surpreendente porque as vítimas passeavam em lugares escuros e usavam minissaias e outros trajes provocantes... Apesar disso, o presidente Vicente Fox4, eleito em dezembro de 2000, pelo PAN, nomeou Barrio Terrazas para a chefia do Ministério da Função Pública e Controle de Contas, cuja missão é “combater a corrupção e tornar transparente a gestão da administração pública”...
Vítimas operárias
É o reino dos brutamontes, dos perversos, dos psicopatas. Muitos dos jovens “machos” consideram que a violência contra as mulheres é um dever
Ciudad Juárez caracteriza-se por suas inúmeras fábricas terceirizadas, nas quais uma mão-de-obra de baixos salários monta produtos destinados à exportação. Vinda principalmente do interior do país, essa mão-de-obra é composta sobretudo por mulheres. São elas que sustentam as famílias, o que perturba as tradições machistas e patriarcais. Mergulhando no trabalho, as mulheres tentam fugir da pobreza.
A maioria das vítimas era de operárias, e foram surpreendidas enquanto iam para o trabalho ou voltavam para casa. Nos subúrbios, quadrilhas de delinqüentes e de toxicômanos as esperavam. Desde a década de 20, a cidade passou por uma fase de desenvolvimento do lazer noturno e do turismo. Aqui foi criado, em 1942, o célebre coquetel “Marguerita”. Os arredores da velha ponte internacional são totalmente dedicados aos prazeres: jogos, sexo, álcool. Essa atmosfera, em que o som dos aparelhos dos carros tocando bem alto músicas norte-americanas se mistura ao rock heavy metal, rap ou tecno, incentiva o consumo de entorpecentes. Isso leva também, aparentemente, ao crime. Pois a onda de homicídios produziu uma espécie de emulação misógina e transformou essas matanças esporádicas numa verdadeira obsessão criminosa: indivíduos ficam de tocaia, no escuro, e cometem assassinatos por puro desejo de imitação. É o reino dos brutamontes, dos perversos, dos psicopatas. Muitos dos jovens “machos” consideram que a violência contra as mulheres é um dever. Circulam de carro, à noite, em busca de uma presa...
Carrascos sádicos e psicopatas
Advogados, juízes, procuradores e jornalistas receberam ameaças de morte para dissuadi-los de prosseguirem em suas investigações sobre os homicídios de mulheres
Hester van Nierop, uma universitária holandesa de 18 anos, por exemplo, foi seqüestrada, em 20 de setembro de 1998. Doze horas mais tarde, seu cadáver foi encontrado debaixo da cama de um quarto do hotel Plaza. Tinha sido violentada, torturada e estrangulada.
Lilia Alejandra García Andrade, de 17 anos e mãe de dois filhos, desapareceu em 14 de fevereiro de 2001, ao sair da fábrica. Seu cadáver foi encontrado sete dias depois, num terreno baldio diante do centro comercial Plaza Juárez. Estava seminu e embrulhado num cobertor. A autópsia revelou que a adolescente fora morta em 19 de fevereiro. Antes de ser estrangulada, fora violentada, torturada e mutilada durante cinco dias...
Violeta Mabel Alvidrez Barrio, de 18 anos, foi seqüestrada em 4 de fevereiro de 2003. Seu cadáver foi encontrado, com o de duas outras moças, de 16 e 17 anos, quinze dias mais tarde. Mas sua morte só datava de três ou quatro dias, o que significa que ela permaneceu à mercê de carrascos sádicos e psicopatas durante mais de dez dias...
Desaparecimento de corpos
O procurador da República considera que todos esses homicídios são delitos comuns ou talvez ligados a traficantes de órgãos5. Há dois anos, um deputado de Ciudad Juárez confidenciava-me, preocupado: “Não me surpreenderia se o governador tivesse dado ordem, a um grupo da polícia judiciária, de se encarregar de ocultar esses assassinatos de mulheres”. Fazia alusão ao atual governador, Patricio Martínez, do Partido Revolucionário Institucional (PRI), que, em janeiro de 2001, foi, ele próprio, vítima de um atentado, e acusou a máfia local. A mulher que tentara matá-lo era uma ex-funcionária da polícia judiciária...
Maria Sáenz, da Comissão de Chihuahua Pró-Direitos Humanos, comunicou-me uma observação: antes de 2001, os cadáveres das vítimas violentadas e estranguladas eram sempre encontrados, mas desde que as investigações se multiplicaram, os corpos desapareciam, pura e simplesmente. As organizações recensearam cerca de 500 desaparecidas, enquanto os cadáveres encontrados mal ultrapassam o número de 300...
Nenhum vestígio
Os assassinatos em série misturam a atmosfera dúbia da fronteira e seus migrantes, suas indústrias terceirizadas, a falência das instituições e também a violência patriarcal
Fazer sumirem os corpos das mulheres assassinadas tornou-se uma especialidade da máfia local. O procedimento comum chama-se lechada: um líquido corrosivo, composto de cal viva e de ácidos, dissolve rapidamente carne e ossos sem deixar o mínimo vestígio. “Nenhum vestígio” é o código secreto. Reduzir a nada, fazer desaparecer, apagar, são as palavras-chave.
Em 6 de novembro de 2001, os corpos nus de três moças foram descobertos num campo de algodão, na periferia da cidade. Uma delas era menor, estava com as mãos amarradas nas costas e tinha sido degolada. No dia seguinte, ampliando as buscas, os restos mortais de cinco outras vítimas foram achados. Com pressa de encontrar os culpados, a polícia de Chihuahua prendeu dois indivíduos que, torturados, confessaram que eram os autores dos oito crimes. O procurador Arturo González Rascón anunciou que o caso estava resolvido. Sem que qualquer investigação tivesse, de fato, sido feita, submeteu os dois suspeitos a um procedimento penal. Em 14 de novembro, desprezando qualquer regra do direito e pressionado pela rua, um juiz cúmplice das autoridades locais emitiu um mandado de prisão. Entre a descoberta dos cadáveres e o ato judicial, uma semana apenas havia se passado. Durante esse tempo, os verdadeiros culpados permaneciam em liberdade.
Incrível desatenção policial
A série negra, portanto, continuou. Nesse dia mesmo, em 14 de novembro, dois outros cadáveres de moças foram encontrados: um no Motel Royal, outro na aldeia de Guerrero. Cinco dias mais tarde, no subúrbio da cidade, descobria-se o corpo seminu de uma outra mulher de 21 anos, Alma Nelly Osorio Bejarano, torturada e estrangulada.
Não existe qualquer registro que descreva as centenas de crimes de mulheres cometidos em Ciudad Juárez. As autoridades têm o hábito a abandonar muito depressa as buscas: mais de três meses depois da descoberta dos cadáveres das oito mulheres num campo de algodão, pessoas que passavam pelo local encontraram roupas e objetos pertencentes às vítimas... O que revela a incrível desatenção dos policiais. O governador Patricio Martínez lamentou a inação de seu predecessor Francisco Barrio Terrazas, que só teria deixado “sacos de ossos” e “nenhum dossiê sobre os casos dos assassinatos”. Mas teria ele próprio agido melhor?
Acusação de inocentes
Este caso tenebroso revela a onipotência dos narcotraficantes. As ligações entre o meio criminal e os poderes econômico e político são uma ameaça para todo o México
As autoridades declaram que, de 1992 a 1998, doze casos de “assassinatos em série de mulheres” e 99 casos de “crimes comuns” (passionais, sexuais, familiares, vinganças, acertos de contas, ligados ao tráfico de drogas, cometidos no momento de roubos, de rixas ou por motivos desconhecidos) foram “resolvidos”. De outubro de 1998 a fevereiro de 2002, foram cometidos 20 “assassinatos em série de mulheres” e 71 “assassinatos comuns”. Quanto aos primeiros, 15 estariam “praticamente resolvidos” e cinco com a investigação em curso; quanto aos segundos, 53 teriam sido “elucidados” e 18 estariam “quase” resolvidos...
Mas será que se pode acreditar nas autoridades? É preciso lembrar que as expressões “assassinatos resolvidos” ou “sendo resolvidos” são mentirosas, pois se trata apenas de interrogatórios de pessoas “em prisão preventiva”. A estratégia dos diferentes governadores para “resolver” os assassinatos em série de mulheres em Ciudad Juárez levou a uma seqüência de manipulações e dissimulações que consiste em acusar inocentes, como foi o caso dos dois acusados dos oito assassinatos de 6 de novembro de 2001.
Intimidações à oposição
Outro método das autoridades é mandar assassinar os que assumem a defesa dos falsos culpados. O advogado Mario César Escobedo Anaya também foi assassinado por um comando que admitiu os fatos e, no entanto, foi dispensado, sob o pretexto de que “defendia” agentes da polícia judiciária do Estado de Chihuahua, cujo chefe, o comandante Alejandro Castro Valles, tinha o hábito de prender sem mandado e torturar inocentes...
Advogados, juízes, procuradores e jornalistas receberam ameaças de morte para dissuadi-los de prosseguirem em suas investigações sobre os homicídios de mulheres. Alguns opositores do governador Patricio Martínez também foram ameaçados, para que parassem de protestar, como é o caso das militantes Esther Chávez Cano e Victoria Caraveo, ou ainda o criminologista Oscar Máynez.
Mortes em orgias sexuais
Seis grandes empresários financiariam matadores de aluguel encarregados de raptar mulheres e trazê-las até eles para violentá-las, mutilá-las e matá-las
Os assassinatos em série de Ciudad Juárez misturam a atmosfera dúbia da fronteira e seus milhares de migrantes, suas indústrias terceirizadas, a falência das instituições e também a violência patriarcal, a desigualdade, a negligência do governo federal etc. Mas, acima de tudo, esse caso tenebroso revela a onipotência dos narcotraficantes e a solidez de suas redes de influência. As ligações entre o meio criminal e os poderes econômico e político são uma ameaça para todo o México.
Os documentos e os depoimentos de que disponho são acusadores para as autoridades. Provam que certos assassinatos de mulheres foram cometidos em orgias sexuais por um ou vários grupos de indivíduos, dentre os quais assassinos protegidos por funcionários de diferentes corporações policiais, em cumplicidade com pessoas das altas esferas que controlam fortunas – na maioria das vezes adquiridas ilegalmente, graças à droga e ao contrabando – e cuja rede de influência se estende como um polvo por todo o país. É por isso que esses crimes odiosos desfrutam de semelhante impunidade.
Assassinatos por farra
De acordo com fontes federais, seis grandes empresários de El Paso, no Estado do Texas, de Ciudad Juárez e de Tijuana financiariam matadores de aluguel encarregados de raptar mulheres e trazê-las até eles para violentá-las, mutilá-las e matá-las6. O perfil criminológico desses assassinatos estaria próximo do que Robert K. Ressler chamou de “assassinatos por farra” (spree murders). As autoridades mexicanas estariam a par dessas atividades há muito tempo e se recusariam a intervir. Esses ricos empresários seriam amigos de certos amigos do presidente Vicente Fox. E teriam contribuído para o financiamento oculto da campanha eleitoral que permitiu a Fox ser eleito à Presidência, e a Francisco Barrio Terrazas, ex-governador de Chihuahua, tornar-se ministro. Isso explicaria a razão pela qual nunca qualquer real culpado tenha sido incomodado pela polícia por causa desses 300 assassinatos em série...
E os homicídios continuam. Neste momento, uma mulher talvez esteja sendo morta por tortura em Ciudad Juárez...
(Trad.: Regina Salgado Campos)
1 - Ler, de Robert K Ressler, Chasseur de tueurs, ed. Presses de la Cité, Paris, 1993 (tradução de Whoever Fights Monsters, ed. St. Martin’s Press, Nova York, 1992).
2 - http://www.fresnostatenews.com/2001/December/RecognitionTech.htm#BIO
3 - Ángel Maturino Resendez, nascido em 1960 e apelidado pela imprensa dos Estados Unidos de The Railroad Killer, é o autor de, pelo menos, onze assassinatos em série. Foi preso em julho de 1999, no Texas, e, em maio de 2000, foi condenado à morte. Sua mãe morava em Ciudad Juárez, para onde teria ido com freqüência.
4 - O presidente Fox pediu ainda, em 8 de março de 2003, que fosse esclarecido tudo sobre os homicídios de mulheres em Ciudad Juárez, e que os culpados fossem punidos. Ver o site: http://www.almargen.com.mx/pdi/homicidios/peticionfox.htm
5 - Ver o site: http://www.siliconvalley.com/mld/nuevomundo/5817861.htm
6 - Ver o site: http://old.clarin.com/diario/2002/09/23/i-02201.htm
Trezentos crimes perfeitos
Em Ciudad Juárez, cidade do norte do México que faz fronteira com o Texas, em dez anos, mais de 300 mulheres foram assassinadas com um mesmo ritual: seqüestro, tortura, sevícias sexuais, mutilações e estrangulamento
Sergio González Rodríguez
Será que se trata de rituais satânicos? De orgias perversas de narcotraficantes? De vendedores de órgãos? De sacrifícios humanos para a filmagem de filmes-realidade?
Um dos mais terríveis contos da literatura contemporânea narra a história de um vampiro que, num campo de concentração, sangra, um após o outro, seus companheiros de infortúnio. Essa assustadora ficção intitula-se Dentre os mortos e seus autores, Gardner Dozois e Jack Dann, tiveram que batalhar bastante para que fosse publicada nos Estados Unidos em 1982: nenhuma revista de ficção científica ousava propô-la a seus leitores. Era de uma imaginação por demais doentia e excessivamente atroz.
Se essa narrativa de vampiros nos choca, é, provavelmente, porque vivemos num mundo quase normal em que tais horrores não acontecem com freqüência. Por outro lado, essa história nos pareceria banal, se vivêssemos num universo em que os piores crimes fossem aceitos: por exemplo, seqüestrar, violentar, torturar, matar... Um mundo em que os policiais protegeriam os assassinos, seriam seus cúmplices, comemorariam a acusação de inocentes, e ameaçariam – até eliminariam – todo e qualquer investigador... Um mundo de cabeça para baixo em que as autoridades fechariam os olhos, os criminosos estariam em liberdade e os inocentes, martirizados. Em resumo, um pesadelo. Com um detalhe: esse mundo de horror é verdadeiro e faz parte da realidade do México. Tão verdadeiro quanto as vítimas, as provas e os depoimentos que acumulei durante longos anos.
Mistério criminal assombroso
O palco de um dos mais assombrosos mistérios criminais de todos os tempos chama-se Ciudade Juárez, no Estado de Chihuahua, na fronteira com os Estados Unidos. Sua população de 1,3 milhão de habitantes está refém de assassinos sem rosto. O que ali acontece é um insulto aos direitos humanos. Desde 1993, mais de 300 mulheres foram seqüestradas, violentadas e assassinadas. A maioria dessas mulheres tinha características comuns: cerca de cem, pelo menos, eram provenientes de meio pobre, quase sempre operárias, todas eram baixas, morenas e de cabelo comprido. A maioria não pôde ser identificada: todas foram vítimas de violências sexuais, e, sem exceção, foram todas estranguladas...
Alguns cadáveres foram encontrados nos bairros centrais da cidade, outros, em terrenos baldios da periferia, mas uma coisa é certa: todas foram mortas em outro lugar, depois de, às vezes, ficarem desaparecidas durante semanas... O modus operandi dos assassinos é idêntico ao dos matadores em série. Os assassinatos repetem-se, assemelham-se, as sevícias são as mesmas, e atingem não só mulheres adultas, mas também adolescentes e até meninas de apenas 10 ou 12 anos.
Taxa de impunidade quase total
Depoimentos indicam que os assassinos teriam sido protegidos pelos policiais de Chihuahua. Depois, teriam se beneficiado do apoio dos meios ligados ao tráfico
Para todas as mulheres, Ciudad Juárez tornou-se o lugar mais perigoso do mundo. Em lugar nenhum, nem mesmo nos Estados Unidos – em que há inúmeros serial killers – as mulheres estão tão ameaçadas. No resto do México, entre dez vítimas de assassinatos, só uma é mulher. Em Ciudad Juárez, entre dez pessoas assassinadas, quatro são mulheres... E a série de crimes pode não parar por aí, pois, segundo as Nações Unidas, a taxa de impunidade no México é quase total.
Só existe uma arma capaz de combater tal flagelo: a memória, o depoimento. Nunca me senti tão abalado como quando fui aos lugares em que os cadáveres foram descobertos: era como que uma quarta dimensão, um sentimento de terror, a meio caminho entre a realidade e a alucinação.
Incompetência das autoridades
Esther Chávez Cano, dirigente de uma organização contra a violência doméstica, pensa que os assassinatos vão continuar: a incompetência das autoridades é evidente. A polícia, no entanto, prendeu um indivíduo de nome Jesús Manuel Guardado Márquez, vulgo “El Tolteca”, bem como a quadrilha de “Los Choferes”, acusados de serem os assassinos. Mas essas prisões não modificaram a convicção de Esther Chávez: “É uma farsa. Isso não muda nada, os crimes vão continuar, como depois da prisão da quadrilha de ‘Los Rebeldes’. Na época, tinham-nos dito que eram eles os assassinos. Acreditou-se que tinham acabado de vez com esse pesadelo. E, veja, continuam a ser encontrados cadáveres de mulheres violentadas, torturadas...”
Segundo Esther Chávez, essa situação é a repetição da de 1995: a polícia, na ocasião, prendeu um químico de origem egípcia, Abdel Latif Sharif Sharif e o acusou dos crimes. Pouco depois, capturou uma quadrilha de jovens delinqüentes, “Los Rebeldes”, supostos cúmplices de Sharif Sharif.
Bode expiatório
A mão-de-obra das fábricas da cidade é composta sobretudo por mulheres. São elas que sustentam as famílias, o que perturba as tradições machistas e patriarcais
Sharif Sharif continua preso na parte isolada da prisão de segurança máxima de Chihuahua, capital do Estado. Acusado do assassinato de uma adolescente, Elisabeth Castro García, foi condenado a 30 anos de reclusão, no final de um processo cheio de irregularidades, e que está sendo revisto. Quanto a suas ligações com “Los Rebeldes”, as autoridades nunca chegaram a estabelecê-las...
Usando o telefone da prisão, Sharif Sharif assumiu o risco de interpelar ao vivo, em 1999, o procurador-geral, que participava de um programa de televisão. Declarou sua inocência, afirmou a certeza de que era apenas um bode expiatório e desafiou o procurador a submetê-lo ao detector de mentiras. Furiosas, as autoridades colocaram o egípcio na solitária... Sua advogada, Irene Blanco, foi ameaçada de morte, mas não se deixou intimidar. Seu filho Eduardo foi alvo de um atentado e sobreviveu por milagre. Irene Blanco teve de abandonar a defesa de Sharif Sharif e deixou a cidade...
Dois matadores em série
Segundo o criminologista Oscar Máynez, pelo menos 60 assassinatos cometidos entre 1993 e 1999 foram planejados “segundo o mesmo padrão”. Considera que se trata de crimes executados por dois “matadores em série” diferentes. Em 1998, o famoso superdetetive norte-americano, Robert K. Ressler, especialista do FBI, inventor da expressão “serial killer” e da técnica de “perfilagem” dos matadores em série1 - que assessorou o filme O Silêncio dos inocentes, de Jonathan Demme -, veio a Ciudad Juárez investigar esses 300 crimes. Em seu relatório, Ressler afirmou que a maioria dos assassinatos de mulheres foi obra de dois serial killers que não seriam, segundo ele, mexicanos, mas muito provavelmente espanhóis... ou chicanos dos Estados Unidos. Em 1999, uma das maiores especialistas mundiais em criminologia, Candice Skrapec2, da Universidade da Califórnia, confirmou que cerca de 90 dos assassinatos haviam provavelmente sido cometidos por um ou dois matadores em série. Ela achava que Ángel Maturino Reséndez3, o célebre “assassino da estrada de ferro”, poderia ser um dos autores.
A onda de homicídios transformou essas matanças esporádicas numa verdadeira obsessão criminosa: indivíduos cometem assassinatos por puro desejo de imitação
Por que razão os cadáveres são desfigurados e mutilados? Por que razão uma tal brutalidade contra as vítimas, um tal sadismo bárbaro? Será que se trata de rituais satânicos? De orgias perversas de narcotraficantes? De vendedores de órgãos? De sacrifícios humanos para a filmagem de filmes-realidade (snuff movies) nos quais a vítima é violentada, torturada e morta diante da câmara? As questões se sucedem infinitamente, sem que nenhuma investigação séria traga respostas. Diversos depoimentos indicam que os assassinos teriam sido protegidos, num primeiro momento, pelos policiais de Chihuahua. Depois, teriam se beneficiado do apoio dos meios do poder ligados ao tráfico de drogas.
Conexões com máfias e com o governo
No final de 1999, cadáveres de mulheres e de meninas foram encontrados perto de fazendas pertencentes a traficantes de cocaína. Essa coincidência parecia estabelecer ligações entre os homicidas e a máfia dos traficantes, ela própria ligada à polícia e aos militares. Mas as autoridades recusaram-se a orientar o inquérito nessa direção.
Desde 1998, a Comissão Mexicana de Direitos Humanos (CMDH) emitiu recomendações a respeito dessas centenas de assassinatos de mulheres, aos quais o Estado deu muito pouca atenção. Um nome volta a aparecer com freqüência entre os suspeitos, o de Alejandro Máynez, que teria participado de uma quadrilha de criminosos, de receptadores e de traficantes de drogas e de jóias, e também membro de uma família rica, proprietária de casas noturnas. Nunca foi incomodado pela polícia.
Máynez, como outras pessoas suspeitas, estava, entre 1992 e 1998, sob a proteção do governador do Estado de Chihuahua, Francisco Barrio Terrazas, do Partido Ação Nacional (PAN). Durante o mandato deste último, os assassinatos de mulheres multiplicaram-se e se somaram à violência costumeira desse Estado, o mais violento do México. Na época, Barrio Terrazas declarou que esses assassinatos não tinham nada de surpreendente porque as vítimas passeavam em lugares escuros e usavam minissaias e outros trajes provocantes... Apesar disso, o presidente Vicente Fox4, eleito em dezembro de 2000, pelo PAN, nomeou Barrio Terrazas para a chefia do Ministério da Função Pública e Controle de Contas, cuja missão é “combater a corrupção e tornar transparente a gestão da administração pública”...
Vítimas operárias
É o reino dos brutamontes, dos perversos, dos psicopatas. Muitos dos jovens “machos” consideram que a violência contra as mulheres é um dever
Ciudad Juárez caracteriza-se por suas inúmeras fábricas terceirizadas, nas quais uma mão-de-obra de baixos salários monta produtos destinados à exportação. Vinda principalmente do interior do país, essa mão-de-obra é composta sobretudo por mulheres. São elas que sustentam as famílias, o que perturba as tradições machistas e patriarcais. Mergulhando no trabalho, as mulheres tentam fugir da pobreza.
A maioria das vítimas era de operárias, e foram surpreendidas enquanto iam para o trabalho ou voltavam para casa. Nos subúrbios, quadrilhas de delinqüentes e de toxicômanos as esperavam. Desde a década de 20, a cidade passou por uma fase de desenvolvimento do lazer noturno e do turismo. Aqui foi criado, em 1942, o célebre coquetel “Marguerita”. Os arredores da velha ponte internacional são totalmente dedicados aos prazeres: jogos, sexo, álcool. Essa atmosfera, em que o som dos aparelhos dos carros tocando bem alto músicas norte-americanas se mistura ao rock heavy metal, rap ou tecno, incentiva o consumo de entorpecentes. Isso leva também, aparentemente, ao crime. Pois a onda de homicídios produziu uma espécie de emulação misógina e transformou essas matanças esporádicas numa verdadeira obsessão criminosa: indivíduos ficam de tocaia, no escuro, e cometem assassinatos por puro desejo de imitação. É o reino dos brutamontes, dos perversos, dos psicopatas. Muitos dos jovens “machos” consideram que a violência contra as mulheres é um dever. Circulam de carro, à noite, em busca de uma presa...
Carrascos sádicos e psicopatas
Advogados, juízes, procuradores e jornalistas receberam ameaças de morte para dissuadi-los de prosseguirem em suas investigações sobre os homicídios de mulheres
Hester van Nierop, uma universitária holandesa de 18 anos, por exemplo, foi seqüestrada, em 20 de setembro de 1998. Doze horas mais tarde, seu cadáver foi encontrado debaixo da cama de um quarto do hotel Plaza. Tinha sido violentada, torturada e estrangulada.
Lilia Alejandra García Andrade, de 17 anos e mãe de dois filhos, desapareceu em 14 de fevereiro de 2001, ao sair da fábrica. Seu cadáver foi encontrado sete dias depois, num terreno baldio diante do centro comercial Plaza Juárez. Estava seminu e embrulhado num cobertor. A autópsia revelou que a adolescente fora morta em 19 de fevereiro. Antes de ser estrangulada, fora violentada, torturada e mutilada durante cinco dias...
Violeta Mabel Alvidrez Barrio, de 18 anos, foi seqüestrada em 4 de fevereiro de 2003. Seu cadáver foi encontrado, com o de duas outras moças, de 16 e 17 anos, quinze dias mais tarde. Mas sua morte só datava de três ou quatro dias, o que significa que ela permaneceu à mercê de carrascos sádicos e psicopatas durante mais de dez dias...
Desaparecimento de corpos
O procurador da República considera que todos esses homicídios são delitos comuns ou talvez ligados a traficantes de órgãos5. Há dois anos, um deputado de Ciudad Juárez confidenciava-me, preocupado: “Não me surpreenderia se o governador tivesse dado ordem, a um grupo da polícia judiciária, de se encarregar de ocultar esses assassinatos de mulheres”. Fazia alusão ao atual governador, Patricio Martínez, do Partido Revolucionário Institucional (PRI), que, em janeiro de 2001, foi, ele próprio, vítima de um atentado, e acusou a máfia local. A mulher que tentara matá-lo era uma ex-funcionária da polícia judiciária...
Maria Sáenz, da Comissão de Chihuahua Pró-Direitos Humanos, comunicou-me uma observação: antes de 2001, os cadáveres das vítimas violentadas e estranguladas eram sempre encontrados, mas desde que as investigações se multiplicaram, os corpos desapareciam, pura e simplesmente. As organizações recensearam cerca de 500 desaparecidas, enquanto os cadáveres encontrados mal ultrapassam o número de 300...
Nenhum vestígio
Os assassinatos em série misturam a atmosfera dúbia da fronteira e seus migrantes, suas indústrias terceirizadas, a falência das instituições e também a violência patriarcal
Fazer sumirem os corpos das mulheres assassinadas tornou-se uma especialidade da máfia local. O procedimento comum chama-se lechada: um líquido corrosivo, composto de cal viva e de ácidos, dissolve rapidamente carne e ossos sem deixar o mínimo vestígio. “Nenhum vestígio” é o código secreto. Reduzir a nada, fazer desaparecer, apagar, são as palavras-chave.
Em 6 de novembro de 2001, os corpos nus de três moças foram descobertos num campo de algodão, na periferia da cidade. Uma delas era menor, estava com as mãos amarradas nas costas e tinha sido degolada. No dia seguinte, ampliando as buscas, os restos mortais de cinco outras vítimas foram achados. Com pressa de encontrar os culpados, a polícia de Chihuahua prendeu dois indivíduos que, torturados, confessaram que eram os autores dos oito crimes. O procurador Arturo González Rascón anunciou que o caso estava resolvido. Sem que qualquer investigação tivesse, de fato, sido feita, submeteu os dois suspeitos a um procedimento penal. Em 14 de novembro, desprezando qualquer regra do direito e pressionado pela rua, um juiz cúmplice das autoridades locais emitiu um mandado de prisão. Entre a descoberta dos cadáveres e o ato judicial, uma semana apenas havia se passado. Durante esse tempo, os verdadeiros culpados permaneciam em liberdade.
Incrível desatenção policial
A série negra, portanto, continuou. Nesse dia mesmo, em 14 de novembro, dois outros cadáveres de moças foram encontrados: um no Motel Royal, outro na aldeia de Guerrero. Cinco dias mais tarde, no subúrbio da cidade, descobria-se o corpo seminu de uma outra mulher de 21 anos, Alma Nelly Osorio Bejarano, torturada e estrangulada.
Não existe qualquer registro que descreva as centenas de crimes de mulheres cometidos em Ciudad Juárez. As autoridades têm o hábito a abandonar muito depressa as buscas: mais de três meses depois da descoberta dos cadáveres das oito mulheres num campo de algodão, pessoas que passavam pelo local encontraram roupas e objetos pertencentes às vítimas... O que revela a incrível desatenção dos policiais. O governador Patricio Martínez lamentou a inação de seu predecessor Francisco Barrio Terrazas, que só teria deixado “sacos de ossos” e “nenhum dossiê sobre os casos dos assassinatos”. Mas teria ele próprio agido melhor?
Acusação de inocentes
Este caso tenebroso revela a onipotência dos narcotraficantes. As ligações entre o meio criminal e os poderes econômico e político são uma ameaça para todo o México
As autoridades declaram que, de 1992 a 1998, doze casos de “assassinatos em série de mulheres” e 99 casos de “crimes comuns” (passionais, sexuais, familiares, vinganças, acertos de contas, ligados ao tráfico de drogas, cometidos no momento de roubos, de rixas ou por motivos desconhecidos) foram “resolvidos”. De outubro de 1998 a fevereiro de 2002, foram cometidos 20 “assassinatos em série de mulheres” e 71 “assassinatos comuns”. Quanto aos primeiros, 15 estariam “praticamente resolvidos” e cinco com a investigação em curso; quanto aos segundos, 53 teriam sido “elucidados” e 18 estariam “quase” resolvidos...
Mas será que se pode acreditar nas autoridades? É preciso lembrar que as expressões “assassinatos resolvidos” ou “sendo resolvidos” são mentirosas, pois se trata apenas de interrogatórios de pessoas “em prisão preventiva”. A estratégia dos diferentes governadores para “resolver” os assassinatos em série de mulheres em Ciudad Juárez levou a uma seqüência de manipulações e dissimulações que consiste em acusar inocentes, como foi o caso dos dois acusados dos oito assassinatos de 6 de novembro de 2001.
Intimidações à oposição
Outro método das autoridades é mandar assassinar os que assumem a defesa dos falsos culpados. O advogado Mario César Escobedo Anaya também foi assassinado por um comando que admitiu os fatos e, no entanto, foi dispensado, sob o pretexto de que “defendia” agentes da polícia judiciária do Estado de Chihuahua, cujo chefe, o comandante Alejandro Castro Valles, tinha o hábito de prender sem mandado e torturar inocentes...
Advogados, juízes, procuradores e jornalistas receberam ameaças de morte para dissuadi-los de prosseguirem em suas investigações sobre os homicídios de mulheres. Alguns opositores do governador Patricio Martínez também foram ameaçados, para que parassem de protestar, como é o caso das militantes Esther Chávez Cano e Victoria Caraveo, ou ainda o criminologista Oscar Máynez.
Mortes em orgias sexuais
Seis grandes empresários financiariam matadores de aluguel encarregados de raptar mulheres e trazê-las até eles para violentá-las, mutilá-las e matá-las
Os assassinatos em série de Ciudad Juárez misturam a atmosfera dúbia da fronteira e seus milhares de migrantes, suas indústrias terceirizadas, a falência das instituições e também a violência patriarcal, a desigualdade, a negligência do governo federal etc. Mas, acima de tudo, esse caso tenebroso revela a onipotência dos narcotraficantes e a solidez de suas redes de influência. As ligações entre o meio criminal e os poderes econômico e político são uma ameaça para todo o México.
Os documentos e os depoimentos de que disponho são acusadores para as autoridades. Provam que certos assassinatos de mulheres foram cometidos em orgias sexuais por um ou vários grupos de indivíduos, dentre os quais assassinos protegidos por funcionários de diferentes corporações policiais, em cumplicidade com pessoas das altas esferas que controlam fortunas – na maioria das vezes adquiridas ilegalmente, graças à droga e ao contrabando – e cuja rede de influência se estende como um polvo por todo o país. É por isso que esses crimes odiosos desfrutam de semelhante impunidade.
Assassinatos por farra
De acordo com fontes federais, seis grandes empresários de El Paso, no Estado do Texas, de Ciudad Juárez e de Tijuana financiariam matadores de aluguel encarregados de raptar mulheres e trazê-las até eles para violentá-las, mutilá-las e matá-las6. O perfil criminológico desses assassinatos estaria próximo do que Robert K. Ressler chamou de “assassinatos por farra” (spree murders). As autoridades mexicanas estariam a par dessas atividades há muito tempo e se recusariam a intervir. Esses ricos empresários seriam amigos de certos amigos do presidente Vicente Fox. E teriam contribuído para o financiamento oculto da campanha eleitoral que permitiu a Fox ser eleito à Presidência, e a Francisco Barrio Terrazas, ex-governador de Chihuahua, tornar-se ministro. Isso explicaria a razão pela qual nunca qualquer real culpado tenha sido incomodado pela polícia por causa desses 300 assassinatos em série...
E os homicídios continuam. Neste momento, uma mulher talvez esteja sendo morta por tortura em Ciudad Juárez...
(Trad.: Regina Salgado Campos)
1 - Ler, de Robert K Ressler, Chasseur de tueurs, ed. Presses de la Cité, Paris, 1993 (tradução de Whoever Fights Monsters, ed. St. Martin’s Press, Nova York, 1992).
2 - http://www.fresnostatenews.com/2001/December/RecognitionTech.htm#BIO
3 - Ángel Maturino Resendez, nascido em 1960 e apelidado pela imprensa dos Estados Unidos de The Railroad Killer, é o autor de, pelo menos, onze assassinatos em série. Foi preso em julho de 1999, no Texas, e, em maio de 2000, foi condenado à morte. Sua mãe morava em Ciudad Juárez, para onde teria ido com freqüência.
4 - O presidente Fox pediu ainda, em 8 de março de 2003, que fosse esclarecido tudo sobre os homicídios de mulheres em Ciudad Juárez, e que os culpados fossem punidos. Ver o site: http://www.almargen.com.mx/pdi/homicidios/peticionfox.htm
5 - Ver o site: http://www.siliconvalley.com/mld/nuevomundo/5817861.htm
6 - Ver o site: http://old.clarin.com/diario/2002/09/23/i-02201.htm
LEI MARIA DA PENHA ESTIMULOU DENÚNCIAS. A SOCIEDADE FICOU MAIS ATENTA E HOJE TEMOS 269 MIL DENÚNCIAS NO BRASIL.
Avaliação
Número de denúncias de violência doméstica cresce 32%
Publicado em 16.01.2009, às 09h58
O número de denúncias, pedidos de informação e relatos de violência Central de Atendimento Mulher saltou de 204 mil para 269 mil entre 2007 e 2008, um aumento de 32%. Na avaliação da ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire, a divulgação da Lei Maria da Penha foi a principal responsável pelo crescimento das notificações.
A sociedade ficou mais atenta depois da Lei Maria da Penha. Esse é, inclusive um dos maiores benefícios da lei: ter provocado essa discussão. Quando se conhece a violência, mais gente busca informação e direitos, avaliou nesta sexta-feira (16) a ministra, em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom dia, Ministro.
De acordo com o levantamento da secretaria, a busca por informações específicas sobre a lei aumentou 245%. Em 2008 foram registrados 117,5 mil atendimentos contra 9 mil no ano anterior.
Segundo a ministra, a aplicação da lei ainda encontra resistência cultural em alguns setores, que questionam, por exemplo, a constitucionalidade da regra. A alegação é de que o dispositivo fere a igualdade entre homens e mulheres prevista na Constituição Federal.
Algumas pessoas afirmam isso, mas ninguém comprova. Tanto que até não há nenhuma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a Lei Maria da Penha no Supremo Tribunal Federal. É um argumento jurídico que não é válido. A Constituição também diz que devemos promover a igualdade, argumentou.
Em 2009, uma das ações prioritárias da secretaria, segundo Nilcéa Freire, será criação de um serviço na Central 180 para interligar as informações dos abrigos que recebem mulheres vítimas de violência. Será uma central de abrigamento, que vai receber as demandas por telefone e distribuir entre os abrigos. Algumas vezes, por exemplo, as mulheres nem podem permanecer no estado em que o agressor vive, é um risco para ela e até para o abrigo, apontou.
Outra prioridade da secretaria para este ano é articular com o governo o envio ao Congresso Nacional de uma Proposta de Emenda Constituição para suprimir o parágrafo único do artigo 7º da Constituição Federal, que veta direitos categoria de trabalhadoras e trabalhadores domésticos, entre eles o direito obrigatório ao Fundo de Garantia pelo Tempo de Serviço (FGTS) e a regulamentação de horas da jornada de trabalho.
Há uma discriminação explícita dos trabalhadores e trabalhadoras domésticas; acreditamos que isso é uma mancha discriminatória na Constituição Cidadã. Nossa idéia é suprimir esse trecho discriminatório, é uma correção, comentou. Segundo a ministra, não há previsão de quando a proposta será enviada ao Congresso.
Durante o programa, Nilcéa Freire também apresentou um balanço da aplicação do Pacto Nacional pelo Enfrentamento Violência contra a Mulher, que chegou a 13 estados em 2008 e deve ser implementado nos outros 14 este ano. O pacto inclui iniciativas como a reforma e construção de delegacias de atendimento mulher e instalação de juizados especiais.
Fonte: Agência Estado
Número de denúncias de violência doméstica cresce 32%
Publicado em 16.01.2009, às 09h58
O número de denúncias, pedidos de informação e relatos de violência Central de Atendimento Mulher saltou de 204 mil para 269 mil entre 2007 e 2008, um aumento de 32%. Na avaliação da ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire, a divulgação da Lei Maria da Penha foi a principal responsável pelo crescimento das notificações.
A sociedade ficou mais atenta depois da Lei Maria da Penha. Esse é, inclusive um dos maiores benefícios da lei: ter provocado essa discussão. Quando se conhece a violência, mais gente busca informação e direitos, avaliou nesta sexta-feira (16) a ministra, em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom dia, Ministro.
De acordo com o levantamento da secretaria, a busca por informações específicas sobre a lei aumentou 245%. Em 2008 foram registrados 117,5 mil atendimentos contra 9 mil no ano anterior.
Segundo a ministra, a aplicação da lei ainda encontra resistência cultural em alguns setores, que questionam, por exemplo, a constitucionalidade da regra. A alegação é de que o dispositivo fere a igualdade entre homens e mulheres prevista na Constituição Federal.
Algumas pessoas afirmam isso, mas ninguém comprova. Tanto que até não há nenhuma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a Lei Maria da Penha no Supremo Tribunal Federal. É um argumento jurídico que não é válido. A Constituição também diz que devemos promover a igualdade, argumentou.
Em 2009, uma das ações prioritárias da secretaria, segundo Nilcéa Freire, será criação de um serviço na Central 180 para interligar as informações dos abrigos que recebem mulheres vítimas de violência. Será uma central de abrigamento, que vai receber as demandas por telefone e distribuir entre os abrigos. Algumas vezes, por exemplo, as mulheres nem podem permanecer no estado em que o agressor vive, é um risco para ela e até para o abrigo, apontou.
Outra prioridade da secretaria para este ano é articular com o governo o envio ao Congresso Nacional de uma Proposta de Emenda Constituição para suprimir o parágrafo único do artigo 7º da Constituição Federal, que veta direitos categoria de trabalhadoras e trabalhadores domésticos, entre eles o direito obrigatório ao Fundo de Garantia pelo Tempo de Serviço (FGTS) e a regulamentação de horas da jornada de trabalho.
Há uma discriminação explícita dos trabalhadores e trabalhadoras domésticas; acreditamos que isso é uma mancha discriminatória na Constituição Cidadã. Nossa idéia é suprimir esse trecho discriminatório, é uma correção, comentou. Segundo a ministra, não há previsão de quando a proposta será enviada ao Congresso.
Durante o programa, Nilcéa Freire também apresentou um balanço da aplicação do Pacto Nacional pelo Enfrentamento Violência contra a Mulher, que chegou a 13 estados em 2008 e deve ser implementado nos outros 14 este ano. O pacto inclui iniciativas como a reforma e construção de delegacias de atendimento mulher e instalação de juizados especiais.
Fonte: Agência Estado
Campanha da Fraternidade 2009:FRATERNIDADE E SEGURANÇA PÚBLICA
O Conselho Episcopal Pastoral da CNBB (Consep) aprovou na terça-feira, 10, na sede da CNBB, o cartaz da Campanha da Fraternidade do próximo ano que tem como o tema "Fraternidade e Segurança Pública" e como lema "A paz é fruto da justiça". Concorreram 47 cartazes e o vencedor é um grupo da Agência Oficina Design & Comunicação de Campinas.
"O conceito principal da imagem é mostrar que a paz pode ser conseguida em qualquer nível cultural ou econômico e a cultura é uma forte ferramenta para conseguirmos a paz", explicam os autores do cartaz vencedor, Adauto Henrique Cavalcante e Luís Gustavo Cavalcante, de Mogi Mirim (SP) e Nathália Bellan, Ana Paula Couto, Bianca Uehara Trava e Fernando Ribeiro Moretti, de Campinas (SP).
Com a participação dos responsáveis pela Campanha da Fraternidade nos 17 regionais da CNBB, o Consep, reunido nos dias 9 e 10, fez também um estudo do Texto-Base da CF-2009 que está em fase de redação final e apresentou emendas ao texto. Segundo o secretário executivo da CF, Padre José Adalberto Vanzella, todos os subsídios da Campanha estarão disponíveis a partir da segunda quinzena agosto e serão publicados pelas Edições CNBB.
CF-2008
Padre Vanzella apresentou, ainda, a avaliação da CF-2008 feita por 10 regionais (65%) da CNBB. O cartaz, o hino e o texto-base da Campanha foram muito bem avaliados e receberam aprovação de todos. Chamou a atenção, no entanto, o pouco uso de alguns subsídios produzidos pela CF, como círculos bíblicos, calendário, agenda e o material produzido pela Associação das Escolas Católicas (AEC).
"O conceito principal da imagem é mostrar que a paz pode ser conseguida em qualquer nível cultural ou econômico e a cultura é uma forte ferramenta para conseguirmos a paz", explicam os autores do cartaz vencedor, Adauto Henrique Cavalcante e Luís Gustavo Cavalcante, de Mogi Mirim (SP) e Nathália Bellan, Ana Paula Couto, Bianca Uehara Trava e Fernando Ribeiro Moretti, de Campinas (SP).
Com a participação dos responsáveis pela Campanha da Fraternidade nos 17 regionais da CNBB, o Consep, reunido nos dias 9 e 10, fez também um estudo do Texto-Base da CF-2009 que está em fase de redação final e apresentou emendas ao texto. Segundo o secretário executivo da CF, Padre José Adalberto Vanzella, todos os subsídios da Campanha estarão disponíveis a partir da segunda quinzena agosto e serão publicados pelas Edições CNBB.
CF-2008
Padre Vanzella apresentou, ainda, a avaliação da CF-2008 feita por 10 regionais (65%) da CNBB. O cartaz, o hino e o texto-base da Campanha foram muito bem avaliados e receberam aprovação de todos. Chamou a atenção, no entanto, o pouco uso de alguns subsídios produzidos pela CF, como círculos bíblicos, calendário, agenda e o material produzido pela Associação das Escolas Católicas (AEC).
Segurança Pública será discutida por movimentos sociais na Bahia
Em Salvador, no próximo dia 29 de janeiro, de 9 h até 17 h, os movimentos sociais terão a oportunidade de realizarem uma agenda para tratar da questão da violência na Bahia e, particularmente, em Salvador. A Paróquia da Vitória através da Fundação Maria Lúcia Jaqueira de Mattos reunirá em seu salão principal representantes dos diversos segmentos da Segurança Pública, Direitos Humanos, Justiça e movimentos sociais organizados.
Para a jornalista Vera Mattos que é Presidente da Fundação Jaqueira e dirigente de duas importantes redes feministas, Fórum de Mulheres do Mercosul Capítulo Bahia/Brasil e Rede Risco Mulher Brasil, este é o momento da sociedade se posicionar.
"Não podemos assistir este horror, esta matança indiscriminada que acontece na Bahia. Estamos sempre na mira de asssassinos. Ameaças em todas as áreas. Aqui sofrem desde as famílias mais humildes, com a perda de filhos extremamente jovens, até jovens da classe mais alta. Salvador apresenta um elevado índice de violência. Policiais são mortos, gente comum também. Estamos vivendo o caos", diz ela.
Tratar de Segurança Pública é coisa séria e grave. O Estado tem o dever de proporcionar esta segurança. Vera continua: "estamos cansados de assistirmos a violencia antes, durante e depois das novelas. É necessário que se convoquem técnicos da área e que se possa discutir segurança pública não como politicagem ou garantia de grupos no poder. É preciso competência, seriedade e atualização permanente. É preciso investir na área".
Com crimes sem autoria defenida e sempre atribuídos ao tráfico de drogas, a situação é assustadora em Salvador.
"Peço aos movimentos sociais que compareçam através de seus representantes para que no dia 29 de janeiro possamos elaborar uma agenda para análise, debate e maior envolvimento da sociedade com o Estado. Temos que determinar a Segurança Pública que queremos. Não estamos na ditadura militar. O governo tem que nos ouvir", acrescenta Vera Mattos.
A Paróquia da Vitória fica no Largo da Vitória, Salvador, Bahia.
Vera Mattos pede que a confirmação de presença seja efetuada através do e-mail fundacaojaqueira@ymail.com
Para a jornalista Vera Mattos que é Presidente da Fundação Jaqueira e dirigente de duas importantes redes feministas, Fórum de Mulheres do Mercosul Capítulo Bahia/Brasil e Rede Risco Mulher Brasil, este é o momento da sociedade se posicionar.
"Não podemos assistir este horror, esta matança indiscriminada que acontece na Bahia. Estamos sempre na mira de asssassinos. Ameaças em todas as áreas. Aqui sofrem desde as famílias mais humildes, com a perda de filhos extremamente jovens, até jovens da classe mais alta. Salvador apresenta um elevado índice de violência. Policiais são mortos, gente comum também. Estamos vivendo o caos", diz ela.
Tratar de Segurança Pública é coisa séria e grave. O Estado tem o dever de proporcionar esta segurança. Vera continua: "estamos cansados de assistirmos a violencia antes, durante e depois das novelas. É necessário que se convoquem técnicos da área e que se possa discutir segurança pública não como politicagem ou garantia de grupos no poder. É preciso competência, seriedade e atualização permanente. É preciso investir na área".
Com crimes sem autoria defenida e sempre atribuídos ao tráfico de drogas, a situação é assustadora em Salvador.
"Peço aos movimentos sociais que compareçam através de seus representantes para que no dia 29 de janeiro possamos elaborar uma agenda para análise, debate e maior envolvimento da sociedade com o Estado. Temos que determinar a Segurança Pública que queremos. Não estamos na ditadura militar. O governo tem que nos ouvir", acrescenta Vera Mattos.
A Paróquia da Vitória fica no Largo da Vitória, Salvador, Bahia.
Vera Mattos pede que a confirmação de presença seja efetuada através do e-mail fundacaojaqueira@ymail.com
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Em São Paulo, relatos de violência contra a mulher crescem mais de 22% em 2008
Relatos de violência contra a mulher crescem mais de 22% em 2008 Do UOL Notícias Em São Paulo, a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SEPM) registrou aumento de 22,3% nos relatos de violência recebidos pela Central de Atendimento à Mulher em 2008 em relação ao ano anterior. Foram 24.523 chamados em 2008 e 20.050 em 2007. O balanço foi divulgado nesta segunda-feira (12). Relatos de violência Ameaça 26,5% Assédio moral (trabalho) 0,1% Assédio sexual (trabalho) 0,1% Atentado violento ao pudor 0,4% Calúnia 0,9% Cárcere privado 0,7% Difamação 5,9% Estupro 1,2% Exploração sexual 0,2% Homicídio 0,1% Injúria 1,9% Lesão corporal grave 3,2% Lesão corporal gravíssima 0,5% Lesão corporal leve 52,5% Neglicência 0,1% Perseguições 3,0% Tentativa de homicídio 1,1% Violência patrimonial 1,9% A central de atendimento registrou quase 270 mil atendimentos (que engloba informações, relatos de violência, reclamação, entre outros) entre janeiro e dezembro de 2008 - um aumento de 32% em relação a 2007. Destes, mais de 117 mil eram solicitações de informação sobre a Lei Maria da Penha, aplicada em casos de violência à mulher. O número representa um crescimento de 245% em relação ao ano anterior. Segundo a SEPM, diversos fatores contribuíram para o crescimento, entre eles a maior divulgação da lei e a capacitação das atendentes da central de atendimento. Entre os relatos de violência, 52,5% foram registrados como lesão corporal leve, 26,5% como ameaça e 5,9% como difamação. Estupro corresponde a 1,2% e violência patrimonial a 1,9%. Quase todas as agressões foram identificadas como violência doméstica (94,1%). Em mais da metade dos casos, o autor da agressão era o cônjuge da denunciante (63,2%). Os amigos representam 3,5% dos autores, e o pai, 0,8%. Em 64,9% das ligações, o serviço constatou que as agressões eram feitas diariamente. Perfil O balanço também mostra o perfil da mulher que ligou para o 180: negra (39,2%), tem entre 20 e 40 anos (53,2%), é casada (24,8%) e cursou parte ou todo o ensino fundamental (33,3%). O campeão de ligações foi o Distrito Federal, com 351,9 atendimentos para cada 50 mil mulheres. Em segundo lugar está São Paulo (220,8) e, em terceiro, aparece o Estado de Goiás (162,8). O serviço da SEPM (ligue 180) funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados. A central de atendimento foi implantada em novembro de 2005. |
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Movimentos de luta pela moradia promovem ato na quinta, às 10h, no Rio
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JUSPOPULI SELECIONA CANDIDATOS EM SALVADOR, BAHIA
O Juspopuli Escritório de Direitos Humanos, organização não governamental sediada em Salvador, está selecionando assistente em educação à distância e estagiários de administração/ economia ou ciências contábeis, direito e secretariado. Para a vaga de assistente de educação à distância, é necessário ter formação superior, preferencialmente com curso de especialização; sólida experiência em educação à distância; experiência em organizações sociais; habilidade em comunicação; domínio no pacote office. A carga horária é de 6h/ dia (30h/ semana), forma de contratação: CLT (um ano prorrogável por mais um ano); Início: 01/2009. Candidatos/as à vaga de estágio em administração/ economia ou ciências contábeis, devem estar cursando o 5° semestre; Ter conhecimento no pacote office; Experiência na área financeira (contas a pagar e a receber); Iniciativa, organização e dinamismo complementam o perfil desejado; Contrato: um ano prorrogável por mais um ano; Carga horária: 8h/ dia; Início: 01/2009; Valor da bolsa: R$ 900,00. Candidatos/as à vaga de estágio em direito, devem estar cursando o 6° semestre; Ter conhecimento no pacote office; Experiência na Justiça da Infância e Juventude; Iniciativa e dinamismo complementam o perfil desejado; Contrato: um ano prorrogável por mais um ano; Início: 01/2009; Carga horária: 8h/ dia; Valor da bolsa: R$ 900,00. Candidatos/as à vaga de estágio em secretariado, devem estar cursando o 3° semestre; Ter conhecimento no pacote office; Experiência em rotinas administrativas; Desejável fluência no idioma espanhol; Iniciativa, dinamismo, organização e disciplina complementam o perfil desejado; Contrato: um ano prorrogável por mais um ano; Início: 01/2009; Carga horária: 8h/ dia; Valor da bolsa: R$ 900,00. Os/As interessados/as devem encaminhar currículo para juspopuli@juspopuli.org.br até 23 de janeiro de 2009. Atenciosamente, Juspopuli |
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COVARDIA:Violência doméstica aumenta no país
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MST completa 25 anos
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Enc: Grupo no Rio trata agressor de mulher
Jornalista Vera Mattos Presidente da Fundação Maria Lúcia Jaqueira de Mattos Dirigente da Seção Bahia - do Capítulo Brasil do Fórum de Mulheres do Mercosul Dirigente da Rede Risco Mulher Brasil http://www.fundadacaojaqueira.org.br
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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
ÁLVARO GOMES VISITARÁ ANA BRUNI EM ITACARÉ.
(VERA MATTOS) Em diversas conversas mantidas com o Deputado Estadual Álvaro Gomes sobre questões que envolvem a violência contra a mulher no interior do Estado da Bahia, estou convencida do seu interesse em encarar e se jogar completamente em nossas causas.
Alás, fui pessoalmente até a Assembléia Legislativa da Bahia ouvir sua luta para que novos serviços sejam oferecidos as mulheres vítimas.Neste último encontro ficou definida a visita do líder do PCdoB a Itacaré quando passará algumas horas cuidando do caso Ana Bruni.
A belissima carioca desejou fazer de Itacaré seu sonho de vida. Ali foi torturada e sofreu todos os tipos de humilhações embora somente contribua para o desenvolvimento do municipio.
A ida do deputado será uma reparação já que no governo Paulo Souto não houve qualquer medida. Vamos fazer com que Alvaro leve o caso até Wagner e que alguma coisa seja feita em nome de todas as mulheres. Não basta enviar cartinha modelo como Wagner fez. Tem que conferir e resolver.
Vamos juntos Álvaro Gomes!
Alás, fui pessoalmente até a Assembléia Legislativa da Bahia ouvir sua luta para que novos serviços sejam oferecidos as mulheres vítimas.Neste último encontro ficou definida a visita do líder do PCdoB a Itacaré quando passará algumas horas cuidando do caso Ana Bruni.
A belissima carioca desejou fazer de Itacaré seu sonho de vida. Ali foi torturada e sofreu todos os tipos de humilhações embora somente contribua para o desenvolvimento do municipio.
A ida do deputado será uma reparação já que no governo Paulo Souto não houve qualquer medida. Vamos fazer com que Alvaro leve o caso até Wagner e que alguma coisa seja feita em nome de todas as mulheres. Não basta enviar cartinha modelo como Wagner fez. Tem que conferir e resolver.
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